quinta-feira, 15 de novembro de 2007

ALZHEIMER OU NÃO, EIS A QUESTÃO!


A doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez pelo neurologista alemão Alois Alzheimer, no início do século XX. É uma patologia neuro-degenerativa no cérebro que envolve todo o encéfalo, perdendo-se capacidades cognitivas e de locomoção como acontece de igual modo com a doença de Parkinson.

Os médicos dizem que pouco se sabe sobre a verdadeira origem da doença de Alzheimer, mas na verdade ela está intimamente relacionada, como tantas outras doenças, com uma degenerada forma de alimentação, sendo facto que os doentes de Alzheimer apresentam uma elevada concentração de uma  "proteina degenerada" no seu organismo, levando a concluir que o consumismo de carne e derivados durante anos a fio pode acumular substâncias perniciosas susceptíveis de causar lesões ou alterações nos órgãos  (neste caso no cérebro) das pessoas mais predispostos a isso a partir duma certa idade.

Na verdade, já lá vai o tempo em que a "Dieta Mediterrânica"  (à base de cereais, vegetais, peixe, frutos diversos, etc.) protegia mais as pessoas destas e outras doenças da Sociedade Moderna que proliferam nos países mais 'desenvolvidos'  onde o consumismo de cadáveres de animais é enorme, podendo-se concluir que não só a doença de Alzheimer  como o cancro, as doenças cardiovasculares, etc., estão relacionadas com esta questão, havendo estudos científicos que corroboram esta minha afirmação. Há mesmo um artigo publicado na Folha de S. Paulo por Laura Nelson onde se diz que...

Peixe pode retardar doença de Alzheimer”

”Uma dieta rica em gorduras de peixe pode proteger contra o mal de Alzheimer, afirmam pesquisadores da Califórnia, nos EUA. Durante cinco meses, os cientistas administraram uma dieta à base de peixe a camundongos geneticamente modificados a desenvolver Alzheimer, doença que destrói as células do cérebro, causando demência e morte. Os sintomas da enfermidade nesses animais no período e o dano aos neurônios foram reduzidos drasticamente em relação a camundongos que receberam uma alimentação regular. Os cientistas sabem que certos tipos de peixe, que têm uma alta concentração de alguns ácidos graxos (do tipo ômega 3), podem proteger contra doenças de cérebro. Isso foi verificado, por exemplo, em imigrantes japoneses no Brasil -eles sofriam mais de demência que os japoneses no Japão, provavelmente porque seu consumo de peixe foi reduzido.

Esse estudo apoia a opinião de que uma dieta com muito peixe pode reduzir o risco de mal de Alzheimer", afirmou o neurocientista Greg Cole, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, autor do estudo, publicado no periódico científico "Neuron" (http://www.neuron.org/). Não há tratamentos capazes de impedir ou retardar o mal de Alzheimer. As causas da doença tampouco são bem compreendidas pelos cientistas. O novo estudo oferece, porém, uma nova forma de combater os sintomas da moléstia. Ele mostrou que um ácido graxo em particular, o DHA (ácido docosahexaenóico), reduziu de forma acentuada o efeito do géne associado à doença, ao menos nos camundongos. Sem DHA na dieta, os animais sofreram os sintomas. Também descobriu que camundongos sem DHA na dieta apresentavam falhas de memória. Quando eles receberam o ácido graxo, o problema foi eliminado.

"O DHA tem o papel importante do proteção das células de cérebro", afirmou Cole à Folha. Os cientistas não têm certeza de como o DHA funciona, mas eles acreditam que ele se integra à membrana das células do cérebro, aumentando a sua flexibilidade. Acredita-se também que o DHA proteja contra reações que prejudicam proteínas neuroniais."Esse estudo investiga a questão interessante: um fator ambiental importante -a dieta- aumenta a probabilidade de dano pelo mal de Alzheimer?", perguntam os neurocientistas Lennart Mucke e Robert E. Pitas, da Universidade da Califórnia em San Francisco, em comentário ao estudo de Cole na "Neuron". Mucke e Pitas acreditam que mais trabalho seja necessário para determinar o que o DHA faz, mas eles têm certeza de que, enquanto se espera mais informação, comer peixe é uma boa idéia. Fontes baratas de DHA são peixes de água fria, como salmão, sardinha e arenque. Esses peixes comem algas, que contêm DHA”.


Também outros estudos efectuados sobre o mesmo assunto, concluem dizendo que frutas e legumes podem reduzir o risco de Alzheimer.  Com efeito:

“Investigadores norte-americanos e japoneses acompanharam durante 10 anos cerca de duas mil pessoas. O estudo efectuado permite-lhes agora concluir que o consumo de frutas e legumes contribui para diminuir a probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer. O estudo levado a cabo numa parceria entre cientistas norte-americanos e japoneses concluiu que o consumo de sumo de frutas e de outros vegetais com frequência pode reduzir até 76 por cento o risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Os investigadores, que publicaram os resultados no American Journal of Medicine, acompanharam quase duas mil pessoas durante dez anos, o que lhes permitiu observar que quem consumia sumos de frutas ou de outros vegetais, pelo menos três vezes por semana, teve 76 por cento menos probabilidade de desenvolver Alzheimer. Isto em comparação com pessoas em que o consumo se registava numa frequência de apenas uma vez por semana.

Esta investigação vem assim reforçar a teoria de que as substâncias antioxidantes presentes nas frutas e nos legumes – os chamados polifenóis – evitam a acumulação, no cérebro, de proteínas relacionadas com o aparecimento da doença. Estes alimentos podem ainda ajudar a reduzir o risco de Alzheimer, mantendo sob controlo a pressão sanguínea. Isto porque a doença também se relaciona com a dificuldade de circulação do sangue no cérebro, dizem os cientistas. O estudo reforça mais uma vez um dado adquirido que, no entanto, é preciso reafirmar: as frutas e os legumes em geral fazem bem à saúde”.

Creio pois que é muito elucidativo tudo o que acima escrevi e vem ao encontro daquilo que defendo há muito tempo dizendo que o consumo de carne e derivados é altamente prejudicial ao ser humano, levando não só ao surgimento desta doença degenerativa como de outras originadas duma errada forma de Alimentação.

Quem quiser entenda,

Pausa para reflexão!

Rui Palmela

*

Últimas Notícias:
corre um estudo recente, realizado em animais, ainda não conclusivo mas que já é bastante significativo, cujos resultados são denunciadores de que a própria substância corticoide utilizada nos medicamentos que estão sendo utilizados actualmente no tratamento do Alzheimer, pode agravar a doença.

4 comentários:

  1. Infelizmente não é assim tão simples... A minha mãe é vegetariana há 40 anos e há 5 anos foi-lhe diagnosticado Alzheimer... Sabe-se que esta doença é provocada pela tal proteína, sim, mas não se sabe como é despoletada esta doença. Sabe-se que o peixe gordo, por ser portador de Omega3, é benéfico e que a carne, pelo contrário, é nefasta, mas não se sabe como surge e o porquê fica na hipótese de uma grande alteração do sistema nervoso central, como um choque emocional... Talvez se o Dr. Colucci ainda fosse vivo, soubesse ele dar a solução...

    *G.

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  2. Caro "anónimo" G.

    É o primeiro caso que conheço de uma pessoa vegetariana há 40 anos que a quem foi diagnosticada a doença de Alzheimer.

    O caso de sua mãe parece ser uma excepção que surge por alguma razão. A hipósete que você apresenta de um choque emocional que possa causar uma grande alteração no sistema nervoso central não me parece muito plausível, pois a doença tem na base a tal "proteina degenerada" que as emoções não criam (no meu entender) mas sim aquilo que se ingere pela alimentação.

    De qualquer forma penso que uma forma de prevenir esta e outras doenças (inclusive o cancer) é mesmo optar pelo vegetarianismo abolindo completamente o consumo de carne e seus derivados e outros produtos nocivos à saude que continuam fazendo parte do cardápio alimentar dos seres humanos.

    Obrigado pela partilha.

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  3. Há outros factores meus amigos:
    http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/portugueses-descobrem-principal-causa-da-doenca-de-parkinson#

    Danos por microondas no ADN das mitocondrias estão a explicar cada vez mais as doenças degenerativas.

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  4. Li essa noticia no Correio da Manhã de que um grupo de investigadores portugueses da Universidade de Coimbra descobriram a causa da doença de Alzheimer mas acabam reconhecendo que "em mais de 90% dos casos é de origem desconhecida"... Portanto, a 'descoberta' é um bluff.

    Por outro lado, eu diria que a doença de Alzheimer tem as mesmas características da BSE ou "doença das vacas loucas" que surge nesses animais depois de introduzirem nas rações alimentos à base de carne e órgãos de cadáveres moidos cujas gorduras e proteinas impróprias à sua espécie de herbívoros despoletaram a situação no cérebro ou sistema nervoso central. O mesmo sucede com os seres humanos que não são animais carnívoros nem necrófagos e se alimentam de carne e órgãos de animais durante dezenas de anos até chegar ao ponto de acumularem uma determinada "proteina degenerada" no cérebro que provoca a mesma degeneração.

    É tão simples e clara a conclusão, pois a doença de Alzheimer aumenta nos paises mais consumidores de carne ou cadáveres de animais por alguma razão.

    Pausa para reflexão!

    Rui Palmela

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