Cada vez mais é imperioso uma séria mudança no consumo de carne que milhões de seres humanos apreciam ainda no seu dia a dia achando que é imprescindível para uma boa alimentação.
O abate de milhões de animais diariamente, além de ser contrário à evolução do homem no verdadeiro sentido da vida como espécie pensante, obriga a que haja um grande consumo de energia na Industria da morte, além dos gastos de água exorbitante numa quantidade sempre crescente de milho, soja e outros grãos em áreas que levam à destruição de muitas florestas no mundo, especialmente no Brasil onde o presidente Lula da Silva já anunciou medidas emergenciais para refrear os desmatamentos e queimadas da floresta Amazónia que está sendo destruida para repasto e plantio de cereais para animais. Ali, nos últimos cinco meses mais de 2.000 quilômetros quadrados foram perdidos.
Segundo Mark Bittman, um estudioso na matéria, o total mundial de fornecimento de carne foi de 71 milhões de toneladas em 1961, sendo que em 2007 a produção aumentou para 284 milhões de toneladas, esperando-se que o consumo mundial de carne dobre até 2050 se nada fôr feito para alterar este “crescimento implacável da produção de gado”, como diz Henning Steingield. Isto já não não falando das 50 milhões de toneladas diárias de excrementos que se produzem actualmente.
Há mesmo quem diga que a produção de gado gera cerca de um quinto dos gases responsáveis pelo efeito estufa no mundo, superando o transporte. Exagerada ou não, esta afirmação é feita pela United Nations’ Food and Agricultural Organization, não por mim.
Doutro modo, um estudo feito no ano passado pelo Instituto Nacional de Ciências da Criação de Gado e Áreas de Pastagem do Japão, estimou que 1 Kg de carne bovina é responsável pela quantia de dióxido de carbono equivalente à emitida pelo carro popular europeu a cada 250 quilômetros, e queima energia suficiente para manter acessa uma lâmpada de 100 watts por aproximadamente 20 dias.
Por fim, o impacto ambiental de se produzir tanto grão para alimentar os animais, é profundo, e a agricultura nos Estados Unidos contribui para quase três quartos de todos os problemas da qualidade de água dos rios e riachos nacionais, como afirma a Environmental Protection Agency. Embora aproximadamente 800 milhões de pessoas no planeta sofram de fome ou desnutrição, a maior parte do milho e da soja plantados no mundo inteiro alimenta o gado, porcos e galinhas. Ou seja, cerca de duas ou cinco vezes mais grãos são necessário para produzir a mesma quantidade de calorias através da criação de gado do que o consumo directo desses mesmos grãos pela população.
Enfim, perante tudo isto o que pode ser feito? Não há uma resposta simples, mas uma mudança de mentalidade e hábitos de vida seria o mais acertado nos dias que correm, aprimorando práticas agrárias também.
Pessoalmente, creio que a alimentação do futuro vai ser vegetariana, nem que seja por força das circuntâncias. A verdade é que os americanos e europeus comem cada vez mais carne e isso é a causa de tantos problemas de saúde nas últimas décadas, não só com o aumento de doenças cardiovasculares, como de cancer e até do Alzheimer e Esclerose Multipla.
A soja será o maior substituto de proteina animal, com grande vantagem em relação à carne, pois que a mesma quantidade tem o dobro de proteinas de excelente qualidade e não tem colesterol, hormonas, vacinas, antibióticos, etc., nem qualquer doença animal.
O bem-estar dos animais é também uma grande preocupação hoje em dia, pois já existem muito mais pessoas que amam os animais e deixaram de consumi-los na forma de refeição. O mundo seria um local bem melhor se toda a humanidade fosse vegetariana como dizia Albert Esinstein e Leon Tolstoi. Gandhi, também dizia que “o grau de cultura e de civilização de um povo, conhece-se pela forma como se alimenta e trata seus próprios animais”...
Vale a pena tentar, sensibilizando as pessoas do mundo inteiro para uma dieta mais saudável. Todos ganhariamos com isso, menos os produtores de gado, claro. A mudança de hábitos alimentares e de comportamentos é urgente e talvez um maior esclarecimento sobre as consequências do consumo de carne associado ao desflorestamento, poluição, mudanças climáticas, problemas de saúde, e crueldade com os animais, encoraje o acto de preferir cada vez mais proteinas vegetais.
O Sr. Rosegrant do Instituto de Pesquisa de Política Alimentar diz mesmo que devia haver “uma forte campanha política para a redução do consumo de carne” (tal como se faz contra o tabagismo e alcoolismo), “enfatizando a saúde pessoal, compaixão pelos animais e compaixão pelos pobres e pelo Planeta”.
Fica aqui mais esta questão,
Pausa para reflexão!
Rui Palmela
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Nota: clicar na imagem em cima e ver se deve ou não continuar a comer carne.
Tenho lido muitos textos a respeito do vegetarianismo e, na minha opinião, este é bastante feliz.
ResponderEliminarTodas as questões relacionadas ao assunto foram abordadas de forma clara e simples. Sem excesso de números, termos e nomenclaturas que buscam legitimar a qualquer custo a mudança alimentar.
Espero que o leitor se sensibilize e desperte para uma efetiva mudança comportamental com relação ao consumo de carne, fator imprescindível para a humanidade hoje.
Se faz necessário que adotemos, ainda em tempo, uma postura ética e moralmente elevada para com esse planeta e todos os seres que aqui habitam.
Aproveito para indicar um site muito interessante: www.suprememastertv.com/pt
Um canal internacional sem fins lucrativos, cujo objetivo é promover o que tem acontecido de bom no mundo.
Muitos especialistas tem sido entrevistados para falarem sobre vegetarianismo e questões ambientais. Vale a pena conferir.
Um abraço à todos.
Bruna Begliomini - Brasil
Obrigado pela visita e pelo comentário sobre este assunto, cara amiga Bruna.
ResponderEliminarJá visitei o site que indicou e me parece muito interessante pelos temas abordados.
Reparei no entanto no nome de uma "Suprema Mestra Ching Hai" que reconheço seu grande valor pelo que tem feito de bom pelo mundo, mas já tive ocasião de ver algo que me pareceu estar em grande contradição pelo facto de um dia dar uma palestra para gente "VIP" na América, onde apareceu com um manto ou casaco de peles branco sobre os ombros que me pareceu ser de vison ou de outros animais. Ora, isto não posso ver com bons olhos numa pessoa com elevada consciência a quem todos tratam por "Supreme Mater"...
Posso até estar enganado, mas foi isso que me pareceu e censurei tal situação.
Um abraço.
Rui Palmela
Rui,
ResponderEliminarTenho me envolvido recentemente com essa causa, inclusive criando um blog (http://verdedentro.wordpress.com) e não consigo imaginar essa cena (uma defensora dos direitos animais usando pele natural em seu casaco...). De qualquer forma, o site sugerido pela Bruna é uma ótima fonte de conscientização e atuação. Merece uma visita.
Abraço!