Verifica-se cada vez mais um número crescente de individuos de ambos os sexos (gays e lésbicas) no mundo inteiro que se constituem hoje em autênticas organizações que reivindicam perante a Sociedade o reconhecimento oficial de sua homossexualidade que ao longo dos tempos sempre foi rejeitada e até condenada pelas suas práticas anti-naturais, contrárias à verdadeira natureza ou função do sexo, com suas implicações de ordem ética, moral e espiritual, além do aspecto fraturante que ainda tem a nivel social.
Hoje existe no entanto maior tolerância e compreensão pelas pessoas homossexualmente assumidas que se manifestam por todo o lado exigindo reconhecimento total de seus direitos e preferências pessoais de relacionamento com pessoas do mesmo sexo, mesmo que isso seja considerado por muitos uma aberração ou um ‘pecado’ na linguagem da religião. O Papa Francisco porém prefere assumir uma atitude prudente sobre esta questão dizendo: “Se uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?” No entanto ele sabe que foi o próprio S. Paulo (um dos grandes apóstolos de Cristo) que condenava a homossexualidade e considerava mesmo sua prática uma abominação falando que “Deus os abandonou ás paixões infames” e que um dia sofreriam todos o resultado de sua prevaricação, sejam bem aceites pela Sociedade ou não.
A verdade, porém é que a homossexualidade tem aumentado nos últimos tempos e se antes era considerada uma doença pela própria OMS, agora não, havendo algumas teses de que seu crescimento nos paises mais desenvolvidos tenha a ver com a alimentação devido à grande quantidade de hormonas que são utilizadas na criação de animais para abate ou outras substâncias perniciosas que possam dalgum modo alterar os génes humanos que sofrem degeneração. Outros porém associam tudo a questões kármicas dizendo que são espíritos relapsos do passado (dos tempos de Sodoma, Gomorra, Pompeia, Herculano, Babilónia e Roma) que estão encarnando todos de novo na Terra recebendo sua última oportunidade de evoluir e sofrer dentro de corpos trocados o resultado de anteriores encarnações onde o sexo, tal como hoje, era alvo de enormes perversões, mas a Sociedade parece aceitar melhor agora esses comportamentos e em muitos casos até se inverteram as posições. Ou seja, nalguns paises se proibiu a “Homofobia” e no Brasil até se instituiu uma espécie de Ditadura Gay que impede qualquer cidadão de ter sua liberdade de expressão quando fala sobre a Homossexualidade e pode mesmo ser criminalizado pela sua opinião. É ali de resto que mais está crescendo a população homossexual no mundo por alguma razão.
Por fim, a questão da SIDA é algo que tendo sido associado inicialmente à homossexualidade (os primeiros casos surgiram nas comunidades gays norte-americanas na 2ª metade do século XX), é agora um problema de toda a gente, porquanto pode atingir qualquer pessoa com comportamentos de risco (sexo oral ou anal) e pode contrair o “HIV” que destrói as defesas do organismo e leva à morte num processo lento apesar dos avanços da Medicina que pode manter hoje mais tempo vivos os doentes seropositivos.
Enfim, penso que a nossa Sociedade está é sofrendo uma enorme crise de valores, não são só de ordem ética, moral e espiritual, mas também politica, económica e social, tudo parecendo preparar-se de novo (como no passado) para a queda da Civilização. Se outras caíram pela sua Degeneração, esta certamente não é excepção!
Pausa para reflexão!
Rui M. Palmela
Este é um daqueles eternos assuntos que fará correr ainda muita tinta e gastará ainda muitos neurónios ao raciocínio da Humanidade... e embora respeite a liberdade pessoal de cada ser humano, tenho uma certa dificuldade em compreender a homossexualidade.
ResponderEliminarConcordo quando o sr. António Prates diz que este é um daqueles assuntos que ainda irá dar muitas voltas ao tico e ao teco de muitas pessoas.. Mas temos que concordar também que a homossexualidade é completamente igual à heterossexualidade.. São duas pessoas que se amam, que nutrem sentimentos uma pela outra, indepentemente de serem do mesmo sexo ou nao..
ResponderEliminarLá por gostar de mulheres não significa que sou menos pessoa que o shôr Primeiro-Ministro, por exemplo(ok, talvez seja um mau exemplo, mas ouvi o nome do dito na tv e olhe, calhou ^^). Tenho o mesmo direito a ter uma vida conjugal com a minha companheira, tenho o mesmo direito de querer adoptar uma criança com ela, etc. Compreendo que digam que não é normal, que é anti-natura, mas já me disseram que não posso criticar, á partida, uma coisa que não conheço..(não foi bem assim mas foi assim que me saiu agora..)
Aparte desta matéria. Já tinha vindo cá uma vez, gostei do que li, linkei no meu blog com a intenção de vir regularmente, mas, infelizmente não me foi possivel..
E já agora peço desculpa plo testamento ^^' Cumprimentos*
Amigos, António Prates e Raquel Alves, obrigado pela vossa participação no Blog e comentários no meu texto.
ResponderEliminarComeço por dizer que concordo com a ideia do António e respeito a opção da Raquel pelo relacionamento com uma companheira em vez de um companheiro.
Na verdade pessoalmente até aceito muito melhor uma relação amorosa entre duas mulheres do que entre dois homens, porque não se estranha o facto das mulheres terem já naturalmente entre si um comportamento feminino e carinhoso que não é normal ver entre os homens.
Também aceito uma adopção de crianças por parte de duas mulheres vivendo juntas e não de dois homens vivendo juntos. Penso que é mais problemático um dia para a criança ver uma relação conjugal entre um 'pai' e o seu companheiro, doque entre uma 'mãe' e outra mulher na sua vida.
De resto, faz parte da natureza feminina toda uma séria de capacidades e dons naturais para criar um filho que naturalmente falta aos homens.
É a minha maneira de pensar.
Abraços
Rui Palmela
Conheço vários casais homossexuais (homens, portanto) que acho perfeitamente capazes para educar uma criança (ou duas,ou três qué a conta que Deus fez xD) também conheço aqueles que não têm a minima competencia para tal. Geralmente, as pessoas tendem a aceitar uma relação entre duas mulheres e nao a de dois homens mas esquecem-se que é completamente igual! Só que a ideia de duas mulheres juntas está, geralmente, associada a uma fantasia que el@s têm!
ResponderEliminarMas ainda bem que discordamos. Se todos concordassemos a vida era um bocadinho chata, não acha amigo Rui? :) *
Rui Palmela... Você atingiu o limite do preconceito...
ResponderEliminarA homossexualidade é uma deficiência genética, que com a abertura por parte da sociedade devera começar a desaparecer, visto que eles não se vão reproduzir...
Por isso não é a homossexualidade que aumenta mas sim os casos de pessoas que assumem as suas (não opções) mas atracção sexual...
Claro que concordo com o que diz numa coisa essencial, amiga Raquel, o facto de haver homossexuais (masculinos)capazes de educar uma criança como qualquer pai heterossexual que muitas vezes têm menos competência para tal.
ResponderEliminarA nossa discordância (e ainda bem que assim é) deve-se ao facto da homossexualidade ser algo aberrativo, não natural, contrário ás verdadeiras funções do sexo como fonte de vida e de procriação da espécie a que pertencemos.
O problema, minha amiga, é muita gente confundir Sexo e Amor, e aceito naturalmente que o amor entre duas pessoas possa existir sem sexo. Posso amar meus amigos e familiares sem ter sexo com eles. Certo?
Por isso, a minha opinião sobre a homossexualidade nada tem a ver com preconceitos (como me acusa o amigo Grifo) mas sim com a minha visão do mundo e das coisas que se estão a passar nestes tempos conturbados que vivemos e muita gente não se apercebe do que se aproxima para a necessária mudança na Terra que vai passar por uma grande transformação devido aos erros e comportamentos humanos que atingiram o auge da Degeneração e tem de reorganizar-se de novo a própria Civilização. Esta está no fim, e curiosamente os sinais que precedem a sua queda (como no passado) são sempre os mesmos.
São constatações que faço nas minhas análises de leituras de muitos anos e despertamento da consciência para o que há-de vir.
De resto, nada tenho contra as pessoas que queiram viver e fazer sexo umas com as outras à sua maneira e à sua vontade. Apenas emito minha opinião.
Pausa para reflexão!
Abraço para ambos
Rui Palmela
Embora respeite todas opiniões e esta minha cabeça tenha arcaboiço para assimilar e para ponderar todas a vicissitudes inerentes a este tema, não consigo aceitar nem aprovar que casais homossexuais tenham direito a adoptar uma criança. Penso que tal anuência seria o início do fim do degredo humano... Que ética e que moralidade poderão transmitir esse casais a essas crianças? Como será o relacionamento dessa crianças com os seus colegas na escola? Quais as consequências de tudo isto...?
ResponderEliminarE como as boas festas nos batem à porta, aproveito para desejar a todos os viventes que se aprazem neste espaço de cultivo um Natal repleto daqueles sorrisos que dispensam palavras e que exultam a saúde interior que há em nós!
Sejam felizes que o Pai Natal já lá vem...!
Não concordo com o amigo António. Quando pergunta 'Que ética e que moralidade poderão transmitir esse casais a essas crianças?' eu penso (e falo por mim e pelos homossexuais que conheço e convivo) que exactamente os mesmos que os casais ditos normais. 'Como será o relacionamento dessa crianças com os seus colegas na escola?' Completamente o mesmo desde que o/a edukem (perdão, nao sei como se escreve) para tal. Quais as consequências de tudo isto...? Exactamente as mesmas que se fossem adoptados por casais heterossexuais desde que, claro está, o casal tenha principios e saiba como educar uma criança(e isto conta para os hetero como para os homossexuais!)
ResponderEliminarLá por a criança ter dois pais ou duas mães nao significa que se vá tornar homossexual..não acho que seja como o amigo Grifo, que diz que é uma deficiencia genética.. Não tenho ninguém na minha familia que seja gay ou bi e no entanto... mas como não sei nao me quero pronunciar sobre isso!
Aproveitando a onda do amigo (epa, tantos amiguinhos novos xD) António e como tou em España desejo-vos Feliz Navidad y Prospero Año Nuevo. Que sean muy felices e tengam muchas prendas y amor y que todos vuestros sueños se realicen. =) *
Também não concordo com a adopção de crianças por parte de casais homossexuais (mulheres ou homens) pois as crianças precisam de ter uma educação saudável, por isso precisam de uma referencia masculina e outra feminina...
ResponderEliminarTambém não concordo com o casamento, eles que façam o que quiserem, mas andarem por ai a estragar a palavra casamento não... O casamento serve para unir 2 pessoas no amor perante Deus, para que elas constituam família (terem filhos biológicos).
PS: O casamento ao registo civil, não vejo problema... aquilo não é nada.
Ora aqui está uma discussão aberta e amigável entre pessoas divergindo entre si sobre o assunto polémico da homossexualidade que aumenta nos tempos que correm por alguma razão. A população também é mais do que noutros tempos, é certo, mas o facto é que esta 'deficiência' genética ou sexual tomou proporções nunca vistas no século actual.
ResponderEliminarPara mim isto é bem sintomático dos tempos que vivemos duma crise moral e espiritual que a Humanidade atravessa, para outros é outra coisa em que já se acha tudo normal...
Aproveito para dizer aos 3 amigos desta discussão que o mais importante em tudo isto é o amor e o respeito (não as diferenças sexuais ou raciais) que devemos ter uns pelos outros, independentemente de divergirmos em assuntos, os mais diversos, cada um com a sua opinião.
Posso dizer, de resto, que ainda ontem fui a casa de um homossexual (cheio de problemas com a familia e sem comida nenhuma)levar-lhe géneros alimentares e senti-me muito bem por ter-lhe feito isto. É assim que entendo o 'Natal' de Jesus Cristo.
Um grande abraço fraternal para a Raquel, o Grifo e o António,
Rui Palmela
Amigo Grifo, porquê não teria a criança uma educação saudável?! Então, nessa perpectiva, as crianças filhas de mãe solteira também nao têm uma educação saudável.. Não é quem educa ou quem ama a criança que importa, mas sim os valores que lhe são incutidos!
ResponderEliminarUm grande abraçinho (tenho os braços piquenos para tanta gente xD) para todos!*
Dificuldade em compreender a homossexualidade? Será uma opção? Olhem uma coisa: a homossexualidade não é uma opção mas uma orientação, do mesmo modo que a heterossexualidade também não o é. Concerteza que vocês na adolescência (sem ofensa) não tiveram de escolher o objecto do vosso desejo sexual, isto é, terá sido algo de natural e instintivo o interesse pelo sexo oposto.
ResponderEliminarCom os homossexuais passa-se o mesmo. No meu caso desde muito cedo que conheço a minha inclinação sexual e nunca senti o mínimo desejo sexual por mulheres.
Até porque se se tratasse de uma opção teria sido para mim muito mais fácil na adolescência optar por ser heterossexual. Seria muito mais facilmente aceite pelos outros e não teria de enfrentar a discriminação a que os homossexuais são sujeitos, nem a sensação de ser diferente da maioria, e sentir-me sozinho com aquilo que sentia e desejava, porque não conhecia ninguém que partilhasse os meus gostos e preferências.
Do mesmo modo, a minha 1ª experiência sexual não foi nem um pouco determinante na "escolha" da minha sexualidade, uma vez que desde cedo sempre senti atracção pelo mesmo sexo e nunca pelo feminino.
Com os heterossexuais passa-se exactamente o mesmo: isto é, muito antes de iniciarem a sua vida sexual activa, tanto rapazes como raparigas sabem muito bem quais os seus gostos e qual o "objecto" do seu desejo. Porque é que com os homossexuais seria diferente?
Claro que a adolescência é um período difícil, os jovens estão a adaptar-se às mudanças do seu corpo e à sua afirmação numa sociedade da qual desconhecem uma parte do seu funcionamento.
A crise que os homossexuais atravessam na adolescência não se deve a uma "indefinição" das suas apetências sexuais, mas ao choque que sofrem por perceberem que elas são diferentes da maioria.
Uns (como foi o meu caso) apercebem-se que são diferentes, sentem-se inferiores e sozinhos nos seus gostos e têm medo de serem discriminados pela família e pela sociedade. Mas quando se apercebem que têm de aceitar como são pq as suas preferências são e serão sempre essas (e que nesse aspecto nunca serão igual à maioria) acabam por se aceitar como são.
No entanto, existem outros adolescentes homossexuais (com energias mais resistentes e obstinadas) que (fruto da descriminação social q n querem enfrentar) se recusam a se aceitar como são, e então, não só escondem a sua homossexualidade dos outros, como deles mesmo, e procuram combatê-la à viva força e provar a eles mesmos que são capazes de ser "normais".
São precisamente esses (à excepção dos "genuinamente" bissexuais) que se acabam de casar, para serem aceites pela família e não terem qualquer tipo de confronto a nível social nem profissional. Outros (como conheço) acabam por se casar porque têm um desejo enorme de terem filhos....Só que como não conseguem combater aquilo que sentem e desejam, acabam por ter as suas "experiências paralelas", e serem (como conheço alguns) profundamente infelizes no casamento e fazerem as suas mulheres infelizes).
A única diferença é a de que os adolescentes heterossexuais na adolescência não sentem a mínima necessidade de esconder as suas preferências sexuais, e a única coisa que há de mais parecido é os episódios de fantasias com professores ou amigos (q têm a ver com processos de criação de ídolos e modelos de comportamento), q na maioria dos casos é transitório e não perturba em nada a sua sexualidade futura.
O que determina a homossexualidade não é o desempenho das práticas sexuais, mas sim as preferências, o objecto de desejo. Isto é, mesmo que eu agora decidisse deixar de ter relações sexuais com homens e passasse a tê-las com mulheres não deixava de ser homossexual por causa disso.
Isto é, passaria a ser um homossexual com práticas heterossexuais, que faz sexo com pessoas do sexo oposto, um "nelo" portanto.
Ou seja, não me torno bissexual nem heterossexual porque essas práticas não seriam fruto de desejo.
Do mesmo modo ninguém muda de inclinação sexual de um momento para o outro, pq não consegue, tal como o António não mudaria se agora lhe dissessem que o correcto seria sentir-se atraída pelo mesmo sexo (sem ofensa).
No caso dos bissexuais "genuínos" (que manifestam desde a adolescência estas duas inclinações) obviamente, que a sua vida afectiva e sexual é muitas vezes mais atribulada e acabam por se casar e muitas vezes terem relações paralelas, mas em que a componente do desejo está presente em ambas.
Claro que concordo consigo quando dizem que o papel dos pais é muito importante na formação da sexualidade. Entre os homossexuais que conheço há sempre um ponto em comum: um pai ausente ou distante emocionalmente. Isto é, muitos homossexuais têm na infância falta de uma referência, de um modelo masculino de comportamento no qual possam se "inspirar".
Mas até isso, eu acredito sinceramente que não é fruto do acaso. Isto é, eu acredito que escolhi estes pais, um ambiente na infância em que vivi rodeado de mulheres, e todo o contexto envolvente, porque sabia que ele era propício para eu realizar as várias experiências (entre as quais a da homossexualidade) uma vez que ia tornar bastante viável a sua ocorrência...
Isto é, acredito que factores hormonais e educacionais foram importantes para que essa experiência fosse realizada no decurso desta encarnação.
Nada é por acaso e acredito que decidi fazer esta experiência (entre outras nesta encarnação), tal como podia ter decidido nascer com uma deficiência física.
Sinto que devo ter andado por vidas de vitimização, com baixa auto-estima, de excesso de projecção nos outros, excessivamente dependente dos outros e da sua aprovação.
Nesta vida decidi passar por esta experiência de maior desadaptação social precisamente para perceber que a única coisa que me tenho de adaptar é a mim próprio, para perceber que tenho de gostar de mim por mim próprio, e enquanto estiver excessivamente focado nos outros, não reforçarei verdadeiramente a minha auto-estima.
Ou seja acredito que a homossexualidade seja uma opção sim, antes de encarnarmos. Como não acredito no acaso nem em fatalidades ou acidentes de percurso (até porque as perdas somos nós que atraímos), acredito que, tal como outras experiências, é uma escolha que faz parte da programação prévia da nossa existência e q vamos escolher as condições para a tornar possível.
Mas depois na adolescência já não se trata de uma escolha ou opção consciente, mas sim uma orientação.
O que se passa com os homossexuais que se casam é que apenas não se aceitam, resistem e recusam viver a experiência a que eventualmente se propuseram antes de encarnar, e eventualmente podem não aprender a lição que ela lhe poderia trazer, a de aprenderem a gostar deles mesmos por eles mesmo independentemente dos valores e opiniões dos outros. Porque se o conseguirmos acredito que podemos dar mais uns passos neste duro e longo caminho evolutivo.
http://www.youtube.com/watch?v=reqAltCK5Vk
“...eu acredito sinceramente que não é fruto do acaso. Isto é, eu acredito que escolhi estes pais, um ambiente na infância em que vivi rodeado de mulheres, e todo o contexto envolvente, porque sabia que ele era propício para eu realizar as várias experiências (entre as quais a da homossexualidade) uma vez que ia tornar bastante viável a sua ocorrência... Nesta vida decidi passar por esta experiência de maior desadaptação social precisamente para perceber que a única coisa que me tenho de adaptar é a mim próprio, para perceber que tenho de gostar de mim por mim próprio...”
ResponderEliminarCaro amigo José Coelho,
É curioso o o facto de vc acreditar que nada é fruto do acaso nesta vida, muito do que somos vem do passado, aceitando portanto a ideia da Reencarnação, e não perceber ainda os mecanismos de ajustamento na esteira do destino que engendramos no percurso de nossa evolução onde devemos buscar a luz do Conhecimento e viver experiências mais de acordo com a nossa humana e verdadeira condição e a homossexualidade não é certamente uma virtude e sim um erro de percurso na conduta do homem ou da mulher que hoje procura ainda prazeres ou sensações de outros tempos que não ajudam a libertar-se nesta vida de sentidos de condenação.
De qualquer forma, percebo e respeito as opções livres de todos os que desejam viver com pessoas do mesmo sexo pretendendo dalgum modo ser felizes à sua maneira neste mundo cheio de agruras e confusão. Penso no entanto que na busca do Conhecimento você consegue encontrar algo mais verdadeiro nesta vida do que limitar-se a vivê-la numa relação de sexo anti-natural que não faz parte de nossa identidade superior ou espiritual.
Na paz e na amizade,
Rui Palmela
Mas porque é que será que a grande maioria das pessoas pensa que ser homossexual é TER SEXO ANAL?
ResponderEliminarOnde é que isso está escrito?
Eu sou homossexual e odeio sexo anal. Estou Ha 4 anos com o meu companheiro, que amo muito, trocamos caricias, beijos, amor. E não temos relações sexuais ´"anais".
Este blog é interessante, mas escrito com pouco conhecimento de causa.
Não entendo.
Ricardo Jorge
Caro Ricardo Jorge,
ResponderEliminarAchei curioso o facto de vc dizer que é homossexual e odeia ter sexo anal.
Posso não perceber nada sobre homossexualidade por não sê-lo, mas creio que toda a gente pensa que efectivamente as relações sexuais entre dois homens, um terá de fazer de fêmea oferecendo seu anus para o outro.
Entre duas mulheres isso é que não poderá acontecer naturalmente, a não ser que usem utensílios artificiais (comprados numa qualquer loja de sex-shops) que imitem o pênis. Certo?
Agora, se vc me disser que o amor entre duas pessoas pode ser vivido sem ter a ver com sexo, isso eu percebo e concordo plenamente, pois o Amor nada tem a ver com Homos, Trans ou Heterossexuais. Certo?
Aproveito, porém, para dizer que a única coisa que reprovo ou desaprovo nos homossexuais são as suas "paradas gay" nas ruas com exibições e provocações ao pudor que acabam por lhes trazer maiores dissabores, censuras ou criticas sociais. Penso que seriam mais respeitados nas suas reivindicações se o fizessem de forma mais digna sem precisar mostrar pelas ruas de forma desinibida as suas inclinações ou livres opções sexuais.
Por fim, a finalidade deste meu Blog é acima de tudo um "Espaço cultural para encontro e debate livre das idéias e pensamentos que sirvam para aprimorar os conhecimentos e melhorar os comportamentos", tal como está escrito na cabeçalho inicial.
Meu abraço fraternal
Rui Palmela
Eu não acho nada "anormal" ser homossexual, não gostar de sexo anal e não pratica-lo, até porque ser homossexual não é ter relações anais. Se não veja,a grande maioria dos homens era homossexual, mesmo praticando o sexo anal com pessoas de outro sexo que não o próprio.
ResponderEliminarSer homossexual é tão dom de Deus, como o é ser heterossexual, se não vejamos, ele tb não permitia que homem ou mulher fosse infértil.
E se o homem e mulher foram criados para procriação então o porquê de ele (deus) criar os inférteis?
Tenho vindo aqui aos poucos ler os seus tópicos, e noto que o Rui é apenas homofóbico para com os homossexuais. Tendo varias vezes em vários tópicos "amenizado" a questão dos casais de lésbicas, tendo até referido que por natureza elas já são femininas de "origem".
Agora fica a questão: Ser homossexual implica definitivamente ser-se feminino?
Quanto a elas não praticarem o sexo anal, isso ai é que entra uma falácia. Como o Rui disse e bem, só se elas usarem utensílios das sex shops, o que é verdade. Não há casal de lésbicas que não os tenha em casa e não os use em todos os orifícios do seu corpo, isso falo com conhecimento de causa.
Mas não acho correcto da sua parte, deixe-me dizer-lhe, falar dos homossexuais (homens) de uma maneira e das lesbicas outra, porque pelo seu discurso, até parece que é daquela maioria de homens hetero existente que tem fantasias de ir para a cama com duas mulheres ao mesmo tempo.
É a minha opinião em relação a si, apenas baseado naquilo que leio dos seus topicos postados e das suas respostas a outro membros.
Um abraço cordial,
Ricardo Jorge
Caro Ricardo,
ResponderEliminarRespeito tua condição de pessoa homossexual e teus argumentos que merecem várias respostas por conterem várias questões e começaria desde já por dizer que julgas mal minha pessoa por dizer o que penso sobre a questão da homossexualidade que nada tem a ver com 'homofobia' (medo dos homossexuais ou estar contra eles) e sim com comportamentos humanos aberrativos contrários à verdadeira função do Sexo.
Claro que acredito no que dizes de que podes ser homossexual e não gostares de sexo anal. Em contrapartida há casais de lésbicas que o praticam de todos os modos e também casais 'normais' (heterrossexuais) em que os pares o praticam com suas companheiras e elas gostam disso. Digo que apesar de ser um pouco animalesco e 'pecaminoso' ou perigoso, parece-me mais aceitável do que a prática da sodomia entre dois homens. É a minha opinião. Respeito a tua.
Aproveito para te dizer que não tenho fantasias sexuais nem de me deitar com duas mulheres ao mesmo tempo na cama para esses fins. Nunca o fiz. Hoje sou pai de dois filhos (já casados) e tenho 3 netos e considero-me por isso um homem com uma vida sexual normal e desfruto com minha companheira aquilo que acima de tudo deve ser mais importante na vida de um casal: o amor e o respeito mútuo um pelo outro, em que o sexo ocupa apenas sua parte secundária de nossa vida compartilhada no dia a dia. Certo?
Por fim, tens razão quando notas que sou mais 'tolerante' em relação á homossexualidade feminina, pois não me causa tanta relutância como a masculina. Não me causa tanto 'asco' ver duas mulheres se acarinhando e beijando, pois é algo que vemos com mais naturalidade do que entre dois homens. Quanto ás suas relações mais íntimas, dispenso-me de dizer o que acho entre duas fémeas e entre dois machos.
Agradeço e retribuo o abraço cordial
Rui Palmela
Olha rapaz...eu estava achando super interessante o seu Blog, até esbarrar nisto aqui. Se você olhar para as civilizações mais antigas e evoluídas, você verá seres andróginos; se você estudar a história da humanidade você verá vários seres humanos, no mínimo, bissexuais e entre eles: grandes líderes, pensadores, guerreiros, religiosos...se você correr pra ciência, (vai lá ver! rs) já é sabido, há muito tempo, que todos os mamíferos irracionais (também?) são bissexuais. Acho que falta mais esclarecimento pra você...mas o que esperar de uma sociedade que se ataca e se mutila o tempo todo? A resposta, vemos no estado caótico que chegamos na natureza, nas ruas e em nossas casas e um pouquinho aqui no seu blog. Só acho lamentável você, com tantos bons assuntos, vincular sua lamentável opinião pessoal (que de pessoal não tem nada, completamente imposta por esta sociedade homicida)sem no mínimo estudar fontes mais seguras pra este tema. Você tem o direito de pensar o que quiser, mas tem obrigação de ser cuidadoso com suas opiniões verbalizadas ou escritas quando estas opiniões tratam de SERES HUMANOS. Não precisa postar esta mensagem. Ela é exclusivamente para você.
ResponderEliminarAh, e respondendo sua pergunta, não está aumentando, SEMPRE FOI ENORME O NÚMERO DE HOMOSSEXUAIS DESDE OS PRIMÓRDIOS DA HUMANIDADE. Eles só estão saindo da prisão que pessoas como você as põem. Repense, não contribua com a violência...acho que já chega né? O que você acha?
Lizandra
Prezada "Lizandra",
ResponderEliminarNeste espaço se abordam os mais diversos assuntos e tento ser sempre o mais "politicamente correcto" e honesto naquilo que escrevo e considero importante para os dias que correm.
Se você estava achando meu Blog interessante e deixou de achar só porque feri suas susceptibilidades com este meu artigo a respeito da Homossexuliade, é problema seu, pois na verdade isso não altera em nada meu bom propósito de discutir coisas que é necessário clarificar.
Na verdade, como você bem diz, "SEMPRE FOI ENORME O NÚMERO DE HOMOSSEXUAIS DESDE OS PRIMÓRDIOS DA HUMANIDADE", assim como o pecado existe desde o tempo de Adão, porém isso não justifica que se deva dar continuidade ao erro e imoralidade sexual ou qualquer outra forma de Degeneração. Certo?
Além disso, lamento que você me julgue ou me ajuize mal pois que jamais eu condenaria ou mandaria para a prisão um homossexual nem contribuo para a violência nem discriminação dessas pessoas que respeito e até amo de coração. Sim, tenho alguns amigos e amigas, gays e lésbicas que muito prezo, mas isso não me faz mudar de ideias sobre o que penso e digo em nome daquilo que acredito e certamente não fará parte duma Nova Civilização.
A homossexualidade não é de facto um 'dom' de Deus, mas sim uma consequência kármica nos seres humanos que não se controlam e se pervertem sexualmente como o fazem alguns animais instintivamente. Não é o contrário!
Por isso muitos recebem 'corpos trocados' numa nova existência no processo da reencarnação e sentem desse modo grande sofrimento num mundo onde a intolerância e o preconceito ainda existe, sim, havendo grande ignorância em torno desta questão.
Mas nada acontece por acaso nesta vida e neste mundo, cara Lizandra, pelo que não adianta muitos se vitimizarem e sim apenas deveriam corrigirem seus erros e defeitos (que todos temos), sejam de ordem sexual ou outros que deviamos estar mais atentos e conscientes para alcançar um dia a nossa perfeição.
Pense nisso e apareça sempre.
Pausa para reflexão!
Rui Palmela.
Caro Rui,
ResponderEliminarobrigada pela resposta e pelo respeito "politicamente correto" embutido em sua colocação. Isto, certamente, me traz mais respeito pelo seu blog e pelas suas idéias. Acaba de me fazer aprender um pouco mais sobre a forma de me relacionar no mundo "cibernético", foi honroso e acima de tudo respeitou você mesmo, sua opinião. Admiro. Mas esta opinião fechada, ilhada, pode não corresponder à verdade e é em cima desta questão que impus uma luz baseada em fatos. Afinal, existem várias formas de ver as coisas e talvez mais próximas da verdade. Não só a questão da homossexualidade mas também outras que vêm juntinhas no pacote como: a prisão da mulher, a prisão dos negros, a prisão religiosa...estas coisas, que já fizeram (e ainda fazem) morrer e fazer sofrer milhões de pessoas inocentes, são para mim, o grande câncer da humanidade e só sabe verdadeiramente do que se trata quem algum dia passou por isto. Se você afirma que nascer homossexual é um karma, você afirma também que nascer mulher, negro, místico, canhoto e etc., também é karma. A pior prisão é a prisão interior. E esta, a sociedade recebeu como herança. E se engana quem pensa que esta prisão pára nas classes diminuídas. Não...ela é para todos. Neste aspecto concordo com vc: consequência kármica. Libertinagem nada tem a ver com homossexualidade, afinal, heterossexuais também abusam desta falta de senso. E noção de senso só seres humanos possuem. Neste pacote todo, a única posição que faço parte é o sexo feminino. Não sou gay, não sou negra e etc. Mas é tão simples, para mim, enxergar a verdade por trás do véu que me impressiono com tanta animosidade humana. Mas compreendo...consequência kármica.
E os animais irracionais que praticam e sempre praticaram sexo de todos os gêneros, também pecam? Bom, são pensamentos livres baseados em fatos e com dedução lógica, afinal, Deus também é Matemática e existe uma relação muito estreita entre a verdade e a lógica, basta seguir as pistas com sua própria cabeça. Em relação aos 'karmas de corpos trocados', não vejo lógica nisso...não vejo. Os homossexuais não desejam trocar de corpos. Eles se amam como são e amam o igual. E neste igual existe o oposto. Este tema está sendo discutido em várias palestras religiosas e holísticas justamente para analizarmos melhor a questão e não trazermos para nós mesmos mais karmas referentes à isto, como fizemos durante todo este tempo. Com certeza voltarei sempre a visitar seu Blog, até porque já senti que me relaciono com uma pessoa justa e honesta e é justamente por isso que deixei minhas impressões falarem. Desejo, sinceramente, que a humanidade descubra toda a beleza que existe nela mesma...tão linda que é, imagem e semelhança de Deus que é homem e mulher ao mesmo tempo. Abraço fraterno e obrigada,
Lizandra
Amiga Lizandra,
ResponderEliminarVejo agora quão mais forte é aquilo que nos une do que aquilo que nos separa. Afinal é a falar que nos entendemos e por alguma razão se diz que "da discussão nasce a luz", desde que o façamos de forma educada e civilizada, mesmo discordando ou divergindo neste ou naquele ponto, pois é certo também que "onde há duas cabeças, haverá sempre duas sentenças"...
A verdade é que concordo com tudo o que disse, minha amiga, e posso sentir o mesmo espírito na luta contra a maldade humana que, essa sim, bem pior do que a homossexualidade masculina ou feminina onde encontro pessoas mais bondosas e carinhosas para com os seres vivos e amantes da Natureza que contribuem para um mundo melhor.
Tenho dito isso tantas vezes por aquilo que conheço de muitos homossexuais que Deus sabe bem o que têm no coração e os contempla com Amor e não julga nem condena ninguém nem faz descriminação.
Os problemas somos nós próprios (seres humanos) que os criamos vivendo na Terra duma forma que gera 'karma' que nos trás (a todos) em condenação, uns mais que outros, conforme seja nosso grau de consciência ou de evolução. Isso não sucede nos animais, claro, pois não 'pecam' nem podem ser responsabilizados pelo que fazem de forma instintiva, diferentes de nós.
A questão do 'pecado' é algo que muitos entendem de um modo e outros não, conforme seja também o conceito e preconceito enraizado na própria religião. No meu entender 'pecado' é uma palavra que resume comportamentos contrários à vida, ás leis de Deus, da Natureza, da Ordem do Universo, e trás os homens em condenação. É por assim dizer uma 'transgressão' que tem consequências na vida de cada um e colectivamente.
E claro que a degeneração ou perversão sexual gera 'karma' presente ou futuro nos que fazem uso incorrecto da sagrada energia da vida, que Jesus falava dizendo "o pecado contra o filho do homem será perdoado, mas o pecado contra o E. Santo não será perdoado nem nesta vida nem nas gerações vindouras"... Isto vem ao encontro daquilo que S.Paulo dizia também alertando para as consequências do "contrário à natureza" que traria consequências desagradáveis para muitos ao longo de vidas, mais do que os que fazem uso do "sexo normal" (homem/mulher) e 'pecam' também pelo uso e abuso da energia sexual.
Enfim, minha querida amiga Lizandra, tudo isto é discutível e suscita sempre grandes debates de ideias como estamos fazendo aqui de forma civilizada e educada, não pretendendo sequer julgar nem condenar ninguém só porque é gay, lésbica, negro, cigano, místico, canhoto, etc. TODOS SOMOS IRMÃOS e é assim que nos devemos tratar e considerar independentemente do seu percurso e opção de vida.
Mas há coisas que devemos tratar, abordar e falar abertamente, como o fazemos em familia no intuito de dar o melhor sentido ás nossas vidas à luz do que sabemos e empreendemos acreditando que é o melhor para todos.
A Terra é nosso Lar que afinal devemos estimar e preservar e onde devemos todos viver em Paz e Comunhão. Para isso devemos evitar comportamentos contrários à nossa humana condição...
Grande abraço fraternal e
"Pausa para reflexão"!
Rui Palmela
Pausa para reflexão, amigo Rui. Obrigada por esta rica troca.
ResponderEliminarAbraço fraterno,
Lizandra
Homofobia (homo, pseudoprefixo de homossexual, fobia do grego φόβος "medo", "aversão irreprimível") é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a lésbicas, gays, bissexuais e, em alguns casos, contra transgêneros e pessoas intersexuais. As definições referem-se variavelmente a antipatia, desprezo, preconceito, aversão e medo irracional. A homofobia é observada como um comportamento crítico e hostil, assim como a discriminação e a violência com base em uma percepção de orientação não heterossexual. Em um discurso de 1998, a autora, ativista e líder dos direitos civis, Coretta Scott King, declarou: "A homofobia é como o racismo, o anti-semitismo e outras formas de intolerância na medida em que procura desumanizar um grande grupo de pessoas, negar a sua humanidade, dignidade e personalidade." Em 1991, a Anistia Internacional passou a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos.
ResponderEliminarFonte: Wikipedia
Não basta dizer que não se tem "medo" dos homossexuais ou "estar contra eles" para se ser homofóbico; basta, isso sim, racionalizar a argumentação de que "a homossexualidade está errada", mesmo que essa argumentação seja pretendida como não sendo emocional (concordo com o Anónimo que não compreende como se pode aceitar a homossexualidade entre duas mulheres por ser "natural" mas achar que a homossexualidade entre dois homens não o seja).
Vi brevemente nestes comentários, já muito antigos, que opta por três linhas de argumentação principais:
1) Científica (embora incorrecta), tentando classificar a homossexualidade de "doença" ou "anomalia genética". A investigação nessa área há mais de duas décadas que abandonou a concepção de doença, tão confortável no passado (porque admitia a hipótese de "cura"), e a questão da "anomalia genética" ainda está por confirmar empiricamente. Os estudos nesta área não são de todo conclusivos, excepto em confirmar a distinção entre sexo biológico, identificação de género e comportamento sexual. O primeiro é claramente genético. Os restantes dois não têm uma causa cientificamente conclusiva, e não é por falta de investigação. Também não é uma questão de "gosto" ou de "moda"; muito menos é um "comportamento" (adquirido ou copiado) ou sequer uma "identificação com um grupo e os seus valores". A argumentação de que "a ciência diz que a homossexualidade é uma anomalia" está fundamentalmente rejeitada, embora isso não quer dizer que (já) exista uma explicação científica para a homossexualidade. Pode amanhã sair um artigo numa revista académica a comprovar uma correlação genética qualquer de que não tenha conhecimento; a ciência evolui questionando-se a si própria e revendo constantemente as conclusões a que chega. Mas neste momento não se pode assentar um comportamento homofóbico numa racionalização científica.
Homofobia (homo, pseudoprefixo de homossexual, fobia do grego φόβος "medo", "aversão irreprimível") é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a lésbicas, gays, bissexuais e, em alguns casos, contra transgêneros e pessoas intersexuais. As definições referem-se variavelmente a antipatia, desprezo, preconceito, aversão e medo irracional. A homofobia é observada como um comportamento crítico e hostil, assim como a discriminação e a violência com base em uma percepção de orientação não heterossexual. Em um discurso de 1998, a autora, ativista e líder dos direitos civis, Coretta Scott King, declarou: "A homofobia é como o racismo, o anti-semitismo e outras formas de intolerância na medida em que procura desumanizar um grande grupo de pessoas, negar a sua humanidade, dignidade e personalidade." Em 1991, a Anistia Internacional passou a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos.
ResponderEliminarFonte: Wikipedia
Não basta dizer que não se tem "medo" dos homossexuais ou "estar contra eles" para se ser homofóbico; basta, isso sim, racionalizar a argumentação de que "a homossexualidade está errada", mesmo que essa argumentação seja pretendida como não sendo emocional (concordo com o Anónimo que não compreende como se pode aceitar a homossexualidade entre duas mulheres por ser "natural" mas achar que a homossexualidade entre dois homens não o seja).
Vi brevemente nestes comentários, já muito antigos, que opta por três linhas de argumentação principais:
1) Científica (embora incorrecta), tentando classificar a homossexualidade de "doença" ou "anomalia genética". A investigação nessa área há mais de duas décadas que abandonou a concepção de doença, tão confortável no passado (porque admitia a hipótese de "cura"), e a questão da "anomalia genética" ainda está por confirmar empiricamente. Os estudos nesta área não são de todo conclusivos, excepto em confirmar a distinção entre sexo biológico, identificação de género e comportamento sexual. O primeiro é claramente genético. Os restantes dois não têm uma causa cientificamente conclusiva, e não é por falta de investigação. Também não é uma questão de "gosto" ou de "moda"; muito menos é um "comportamento" (adquirido ou copiado) ou sequer uma "identificação com um grupo e os seus valores". A argumentação de que "a ciência diz que a homossexualidade é uma anomalia" está fundamentalmente rejeitada, embora isso não quer dizer que (já) exista uma explicação científica para a homossexualidade. Pode amanhã sair um artigo numa revista académica a comprovar uma correlação genética qualquer de que não tenha conhecimento; a ciência evolui questionando-se a si própria e revendo constantemente as conclusões a que chega. Mas neste momento não se pode assentar um comportamento homofóbico numa racionalização científica.
2) Religiosa. Obviamente que dependendo da religião que professa, a homossexualidade pode ser mais ou menos reprimida, de acordo com a doutrina em vigor. Dado que a maioria das religiões não assenta em bases racionais, mas quando muito estabelecem normas sociais procurando uma sociedade mais de acordo com os princípios dos seus fundadores, é evidente que não se pode refutar uma afirmação de um praticante religioso que condena a homossexualidade como estando contrária aos seus princípios em que acredita.
ResponderEliminarMas num estado laico onde todas as religiões são toleradas, o argumento de que "a minha religião é mais importante que a tua, por isso é a minha visão da Verdade e a moralidade imposta por esta visão que se deve sobrepor à tua" não é válido para a população em geral — especialmente para aqueles cuja visão é radicalmente diferente. Há aqui uma questão de apelo à autoridade — se não reconheço a autoridade que impõe certa visão (por não ter fundamento racional para o fazer, mas requerer fé e crença cega no que é afirmado), não posso ser persuadido por argumentos religiosos.
No seu caso, pelo que escreve, a sua própria visão religiosa impele-o a usar de condescendência para com os homossexuais — presumo que esteja a usar o velho ditado, «Ama o pecador, não ames o pecado». Mas condescendência ou mesmo pena é uma forma subtil de nos sentirmos "superiores" àqueles que de certa forma não compartilham da mesma visão que nós. Isso não é compaixão — é apenas condescendência que não leva de que todos somos iguais na nossa busca da felicidade e no desejo de evitarmos o sofrimento. Claro que é melhor do que homofobia agressiva! E só por isso louvo a sua iniciativa. Mas por vezes as palavras também podem falar mais do que os actos, e a noção de que se deve "ter pena" ou "ajudar" os homossexuais a "encontrar o erro das suas acções" é arrogância, como todas as formas de condescendência. Uma arrogância muito disfarçada, muito subtil, e por isso mesmo muito difícil de ser vista como tal. Mas não passa disso.
Arrogância é toda e qualquer atitude em que achamos que os outros são, de alguma forma, inferiores a nós — independentemente do facto de os querermos ajudar ou não. A melhor forma de "ajudar" qualquer indivíduo homossexual é apenas aceitar que é um ser humano igual a nós, e que, como todos nós, apenas busca a felicidade e procura evitar o sofrimento. Só que infelizmente tem mais dificuldade em fazê-lo porque se encontra rodeado por uma maioria que não apenas não o compreende, como não o quer compreender, mas sim forçá-lo a abdicar da sua natureza para adoptar uma máscara ou fachada que não deseja.
Podemos depois filosofar sobre o facto de todos nós sermos obrigados a usar máscaras de qualquer das formas... mas para alguns é mais difícil do que para outros, e decerto não é esfregando na cara das pessoas «tens de mudar de atitude!» que estas são ajudadas...
3) Princípios éticos e sociais. São os argumentos talvez mais fortes que emprega, pois não há dúvidas que uma sociedade que funcione bem para 90% das pessoas é uma sociedade tranquila com poucas preocupações. É evidente que existem muitas formas de sociedade! Não estou a colocar em questão esse ponto. Até porque as pessoas se habituam a tudo, de acordo com a sociedade em que vivem. E esta é ditada por valores morais, culturais, hábitos, costumes, tradições... é uma enorme bagagem que conduz a um conjunto de princípios e valores, que por sua vez se traduzem num maior ou menor bem-estar social. Uma sociedade "mais justa" é simplesmente aquela onde um maior número de pessoas se sente feliz.
ResponderEliminarMas as sociedades mudam. E a inovação — relativamente recente, na realidade! — que foi introduzida com a democracia moderna está no princípio da igualdade de direitos e oportunidades de todos os indivíduos. Em certa medida, a democracia é uma utopia — mas a utopia de maior sucesso até à data — pois dificilmente se consegue garantir realmente todos os direitos e oportunidades a todas as pessoas, já que, naturalmente, a maioria é que decide — e a maioria, por definição, pode não partilhar os mesmos valores e ideais que as minorias. Embora os direitos das minorias — todas as minorias, incluindo a minoria de uma só pessoa, de cada cidadão individual — estejam consagrados nos princípios democráticos que regem países como o nosso, é difícil colocar todos esses direitos em prática. Especialmente quando tudo está em permanente mudança, e o que era válido há uma geração já não é válido hoje (ou mesmo o que era válido ontem!). As democracias estão bastante bem preparadas para lidarem eficazmente com a mudança constante, e é por isso que têm tanto sucesso.
Só que... o problema, enumerado por Kohlberg em 1985 (http://en.wikipedia.org/wiki/Lawrence_Kohlberg's_stages_of_moral_development), autor muito polémico e raramente consensual, embora seja difícil refutá-lo, é que as democracias são sociedades que assentam no princípio de um contrato social entre indivíduos cultos, moralmente evoluídos, altamente educados, e que naturalmente se respeitam mutuamente (e às respectivas diferenças entre indivíduos!). Mas o número desses indivíduos na população mundial é terrivelmente escasso — a esmagadora maioria da população está ainda num estágio de desenvolvimento moral em que necessita de um agente externo para lhe impôr as normas de comportamento social que deve adoptar, revertendo ao individualismo egoísta sempre que veja uma "brecha" que lhe permita transgredir essas normas. Logo, temos uma sociedade desenhada para um tipo de indivíduos que na realidade não corresponde à tipologia da esmagadora maioria da população — que é quem vota e define as regras da sociedade!
É assim que princípios democráticos como a igualdade de direitos e oportunidades, que no papel soam muito bem, são transmutados em "igualdade de direitos e oportunidades para aqueles que pensam — e votam! — como eu". Isto continua a ser melhor do que qualquer outra alternativa, mas ainda não é perfeito. É legítimo afirmar que quanto maior for o nível cultural e educacional de uma sociedade, maior será o número de pessoas capazes de assumirem plenamente os princípios sobre os quais assentam uma sociedade democrática, mas esse processo é muito longo e mesmo assim dificilmente conseguirá estender-se à totalidade da população, que pura e simplesmente não terá a capacidade de alcançar esse nível — não porque seja menos inteligente ou capaz, mas simplesmente porque, enfim, tal como os homossexuais nada podem fazer a respeito da condição com que nasceram (excepto aceitá-la e tirar o melhor partido possível que consigam), também um indivíduo que tenha uma propensão moral menos elevada, pouco ou nada conseguirá fazer para se auto-elevar. Também não estou a afirmar que isso não seja possível de fazer: pelo contrário, existem técnicas e métodos altamente eficazes para o conseguir fazer, mas a esmagadora maioria das pessoas não está minimamente interessada em fazê-lo, por considerar que está, justamente, no nível adequado com que se sente confortável.
ResponderEliminarOra isto não é uma "desculpa" para que não se faça nada, claro. É apenas uma explicação vinda das áreas da psicologia e sociologia (que como tudo em ciência estão sujeitas a reavaliação e rejeição face a novos resultados) que procura apontar a discrepância entre o "ideal democrático" (quase utópico, mas concretizável) e a "realidade da moralidade da população", que impõe — por maioria de voto — as suas posições éticas e morais às minorias com que não concorda.
Felizmente as democracias modernas têm a capacidade de mesmo assim — ainda que temporariamente! — catapultarem determinados indivíduos para o poder que conseguem ter uma visão ética e social acima da norma, e assim "puxarem" a sociedade no sentido dos ideais democráticos. É assim que se diz que a democracia, ao contrário de outros sistemas de governo, tende a resolver os problemas através de evolução em vez de revolução. No entanto, qualquer medida que estabeleça uma moral pertencente a um nível a que a população ainda não está preparada para aceitar, vai enfrentar o desagrado dessa população, que irá remover esse governo do poder para colocar um que esteja mais de acordo com o seu nível de desenvolvimento moral. Por isso é que o processo é tão lento. Mas funciona!
Em conclusão, o debate aqui nem tem muito a ver com a homossexualidade em si. Tem, isso sim, a ver com a forma como encaramos a sociedade em que vivemos: se nos desagrada a ideia de que estamos rodeados de pessoas que escapam aos nossos conceitos de moral e ética (e depois arranjamos todo o tipo de justificações, racionais ou emocionais, para argumentar de acordo com a nossa visão), ou se estamos preparados para aceitar que numa verdadeira democracia todas as opiniões são igualmente válidas e que todos os seres humanos, independentemente das nossas concepções, têm o direito de ser como são. Nem sequer os temos de aceitar tal como são; basta-nos aceitar (isso sim!) que têm o direito de ser como são. Ora esse é que é realmente o debate que interessa ter...
Acrescento apenas que reconheço humildemente que sou homofóbico, e sempre o fui, desde os 15 anos. Tenho horror e nojo ao contacto homossexual entre homens, mas sinto-me sexualmente excitado com o contacto homossexual entre mulheres. Tenho perfeita consciência do meu próprio preconceito, que é irracional, ilógico, e não tem qualquer fundamento válido. No entanto, não sou apenas preconceituoso contra um tipo de pessoas em particular: tenho imensos outros preconceitos. A visão que sigo (que, diga-se de passagem, não é cristã) ensina-me métodos e técnicas para me aperfeiçoar no reconhecimento de que os outros seres humanos podem ser diferentes de mim no aspecto e no comportamento, mas não o são no seu desejo de serem felizes e de evitar o sofrimento. Por isso procuro constantemente colocar-me na sua posição e ver as coisas do seu ponto de vista. Não tenho a menor sombra de dúvida que qualquer indivíduo homossexual sofra atrozmente por estar rodeado de pessoas que não o compreendem, e que gostariam de abolir a sua condição de homossexual (como faziam no passado), o que me causa consternação. Mas não me causa, de todo, o desejo de achar que a minha homofobia seja um pretexto válido para lhe causar ainda mais sofrimento! Pelo contrário: se sinto esse nojo, então o problema é meu. Sou eu que tenho de lidar com o problema e eliminá-lo, reconhecendo a irracionalidade do meu comportamento. Mas admito sinceramente que ainda não cheguei a esse patamar; o melhor que posso fazer é, para já, alterar o meu comportamento externo, em público, para não deixar que os meus preconceitos magoem as outras pessoas. Já é um primeiro passo, mas tenho também consciência de que tenho muitos passos a dar.
ResponderEliminarPelo menos posso dizer com firmeza de que não me importo minimamente de defender os direitos dos homossexuais a serem justamente como são: homossexuais, independentemente do que é que a ciência alguma vez constatar, mas, mais importante do que isso, independentemente da "opinião" de qualquer outra pessoa (incluindo eu próprio) sobre o assunto. O direito à homossexualidade é um direito tão fundamental como qualquer outro, e não pode ser suprimido, contornado, alterado — ou alterado o indivíduo de alguma forma — e nem sequer deve ser alvo de condescendência paternalista. E afirmo isso mesmo porque tenho plena consciência de que a minha própria homofobia é irracional e emocional, e, como tal, não é uma base válida de argumentação. Justamente por isso, tem de ser rejeitada, e o seu oposto — a aceitação, a tolerância, e a defesa do direito à homossexualidade e as suas consequências últimas — é o único caminho lógico e racional a seguir.
Obviamente que há que ter bom senso, e há normas de comportamento básico em grupos sociais. Por exemplo, lá porque seja heterossexual e casado há 14 anos (e muito feliz!), isso não me dá o "direito" de me despir no Terreiro do Paço e ter sexo com a minha mulher em público. Esse comportamento extremo e radical não traz benefícios a ninguém e seria apenas uma profunda manifestação egoista — mostrar que não teria o mínimo respeito pelas emoções e sentimentos dos outros. Logo, faço isso apenas em privado. Isto também quer dizer que não sou a favor de ver homens nus a terem sexo uns com os outros em espaços públicos! Não há nenhum "direito" que possa implicar esse tipo de coisas. Tal como os heterossexuais não se "exibem" em público e controlam os seus "apetites", relegando-os ao espaço privado, o mesmo se deve aplicar a todo e qualquer tipo de indivíduo cujo comportamento seja susceptível de chocar ou ferir sensibilidades de terceiros.
Manifestei-me e manifestarei-me sempre a favor do casamento homossexual e do direito à adopção de crianças por parte do casal. A razão para isto é uma forte convicção de que não pode haver discriminação nos direitos dos indivíduos apenas por causa do seu comportamento sexual. Basta pegar em exemplos extremos para ver que não negamos esses dois direitos em muitos outros casos: por exemplo, um assassino condenado, uma vez tendo cumprido a pena, pode-se casar e ter filhos, mesmo que tenha assassinado a mulher anterior! Nunca ninguém se preocupou grandemente àcerca do tipo de educação que este tipo de indivíduos possa vir à dar aos seus filhos. E podemos olhar mesmo para exemplos menos extremos: todos os dias, há ladrões, falsificadores, violadores e políticos corruptos que se casam e têm filhos e que passam esses mesmos valores para as gerações seguintes, e nunca passou sequer pela cabeça de ninguém propôr uma forma de eugenia para esse tipo de pessoas (especialmente políticos corruptos...). Em compensação, erguem-se as vozes (até neste blog...) contra um casal homossexual que se ama profundamente e que vai explicar aos seus filhos a importância de desejar profundamente a felicidade e nada mais do que a felicidade do parceiro. Entre um filho de um casal homossexual e um filho de um político corrupto, qual deles terá a melhor "moralidade" na nossa sociedade?
ResponderEliminarGrato pela sua extensa dissertação sobre esta questão da Homossexualidade, caro L M Sequeira, assumindo-se por fim como um "humilde homossexual" que se manifesta e se manifestará sempre a favor dos casamentos gay e da adopção de crianças por parte de parceiros do mesmo sexo achando que isso é correcto fundamentando sua opinião pelo facto de haver filhos de gente 'normal' que se comporta de forma ímpia ou imoral.
ResponderEliminarEu diria antes que um erro não justifica outro erro e apenas concordo consigo ao dizer que o mais importante é a felicidade das pessoas neste mundo mas é preciso haver regras na Sociedade que moralize o ser humano independentemente de suas opções sexuais que no entanto devem ser pessoais e não se extravasar para a praça pública aquilo que é de foro íntimo de cada pessoa ou casal (seja hetero ou homossexual).
Acho estranho no entanto você dizer que a relação entre dois homens lhe causam nojo e a relação entre duas mulheres lhe causam excitação. Isso é mais normal num heterossexual e não numa pessoa que se diz homossexual...
Penso que muitos gays nem sabem porque o são e deviam ler algo sobre karma e redenção para perceber melhor o sentimento que têm dos contrários, muitos sentindo que nasceram num corpo trocado por alguma razão.
Pausa para reflexão!
Rui Palmela
Humilde homofóbico, caro Rui, acho que não leu bem...:
ResponderEliminarAcrescento apenas que reconheço humildemente que sou homofóbico, e sempre o fui, desde os 15 anos. Tenho horror e nojo ao contacto homossexual entre homens, mas sinto-me sexualmente excitado com o contacto homossexual entre mulheres.
(ênfase minha)
Concordo com a sua frase em que diz que devem haver regras na sociedade que determinem o comportamento em público. A única palavra com que não concordo é "moralizar". Infelizmente, no ocidente essa palavra significa, grosso modo, "um conjunto de pessoas com os seus preconceitos decide quais as regras a aplicar às restantes". Em vez disso, preconizo algo de muito diferente mais muito mais difícil de conseguir: um comportamento ético baseado numa filosofia em que o indivíduo aprende a perceber aquilo o que é benéfico e o que é prejudicial para os outros, e aposta em adoptar os primeiros comportamentos e rejeitar os segundos.
Isto é mais difícil porque requer um processo de aprendizagem que leva, no mínimo, à auto-observação e a descoberta daquilo que nos faz sofrer a nós e o que nos torna felizes de forma duradoura, podendo assim compreender o que é que os outros sentem e evitar agir de forma a fazê-los sofrer; esse processo é lento porque infelizmente somos treinados e condicionados para fazer justamente o contrário.
No entanto há algumas regras que são simples de entender. Privar os outros dos seus direitos vai sempre causar-lhes infelicidade, seja qual for a argumentação, racional ou irracional, que esteja subjacente a essa privação.
De resto concordo consigo.
Obrigado pela sua sugestão de leitura. Pode-me explicar o que entende por karma e por redenção? São palavras tão badaladas em tantos meios diferentes que o signficado esvaiu-se. Na tradição que sigo, as duas são antagónicas e impossíveis de combinar. Karma significa em sânscrito simplesmente "acção" e denota um princípio científico fundamental de causa e efeito, mediado por circunstâncias; não quer dizer mais do que isso. Redenção significa a capacidade de libertação do sofrimento existencial através de agentes externos ao indivíduo, que alegadamente terão o "poder" de nos oferecer essa libertação, a seu bel-prazer, dependendo da forma como agradamos a esses agentes externos.
ResponderEliminarA lei de causa e efeito não requer qualquer agente externo, quando se aplica a nós; a libertação do sofrimento existencial está na capacidade de reconhecer essa lei e compreender que vamos sofrer as causas daquilo que fizémos, e, vice-versa, obter felicidade existencial se soubermos criar as suas causas — quer queiramos, quer não queiramos. Esta lei é verificável experimentalmente e não requer "fé" ou "crença". Por extrapolação, se o nosso objectivo individual é a libertação do sofrimento existencial, basta-nos criar as causas para tal. (Claro que é primeiro preciso saber quais são!)
Não sei se emprega a palavra redenção no contexto judaico-cristão ou se noutro qualquer. Nesse contexto, dado que a redenção depende de um agente externo, viola a lei do karma: mesmo que criássemos as causas para a libertação do sofrimento existencial, precisaríamos da intervenção de um agente externo para obter o efeito pretendido. Isto claramente não acontece; as causas, por si só, são apenas criadas por nós e não dependem de mais ninguém. É nesse sentido que "karma" e "redenção" são mutuamente exclusivas.
Mas talvez empregue as palavras noutro contexto. Por exemplo, muitas tradições hindus empregam a palavra "karma" como sinónimo de uma espécie de "destino" ao qual não nos podemos furtar, excepto através da intervenção de agentes externos, que, por poderes miraculosos, têm a capacidade de anular a lei de causa e efeito em nosso proveito, desde que agrademos a esses agentes externos. Não sei se é esse o contexto em que utiliza as palavras. Se for, devo apenas dizer que não sigo nenhuma tradição em que a lei da causa e efeito requer agentes externos, pois isso não é observável nem confirmável experimentalmente; devo, pois, rejeitar essa definição racionalmente. Por outro lado, ao fazê-lo, implica que a única coisa que me pode efectivamente libertar do sofrimento existencial é a minha própria mente, pois não está nas mãos de nenhum agente externo conseguir fazê-lo por mim. Posso, obviamente, obter inspiração por parte de terceiros que tenham obtido esse resultado por si sós, e procurar seguir os seus métodos e técnicas de forma a obter o mesmo resultado (quando estes bondosamente os deixaram como legado essas instuções; infelizmente muitos não o fizeram, ou, se o fizeram, não chegaram aos dias de hoje) — compreendendo no entanto que esses métodos e técnicas, por si só, não são "causa" de nada, mas a sua aplicação é.
Mas divergimos do assunto :)
Caro L M Sequeira,
ResponderEliminarPeço desculpa pelo lapso da má leitura que fiz de sua frase que efectivamente é como diz: "humilde homofóbico" e não "humilde homossexual"...
Incorri em erro talvez pelo facto de ter lido até ao fim seu extenso comentário que me deu a impressão de ser mais um 'assumido' que concorda com os casamentos homossexuais apesar de lhe causar 'nojo' essa relação entre dois homens mas não entre duas mulheres...
Pessoalmente aceito melhor a 'homossexualidade' feminina do que masculina, porque as mulheres são carinhosas por natureza e ninguém vê mal nenhum (por exemplo) em ver duas mulheres dançando uma com a outra, mas se forem dois homens já se fica com outra ideia.
Tenho pessoas amigas homossexuais que prezo muito (de ambos os sexos) e digo que são excelentes pessoas, muito humanas e solidárias, e essas qualidades não se perdem pelo facto de terem suas opções sexuais diferentes da maioria. Porém sabem o que penso sobre o famigerado "casamento gay" que na verdade podiam chamar de outra coisa porque o conceito de casamento, tal como o entendo, é uma união entre duas pessoas de sexos diferentes que aceitam viver em comunhão e constituir uma familia. É assim que penso, tal como a maioria das pessoas.
No entanto concordo que os homossexuais tenham os mesmos direitos sociais (e deveres)que os casais heterossexuais e não sejam descriminados pelo facto de terem optado por viver com uma pessoa do mesmo sexo. Discordo porém da ideia de um "casamento" aberrativo que os politicos de meu país aprovaram explorando oportunisticamente este assunto para alcançarem uns votos para seu partido.
Tenho sido rotulado de "homofóbico" por me manifestar contra a oficialização do "casamento entre pessoas do mesmo sexo", mas creio que tenho mais amizade natural pelos meus amigos homossexuais do que esses senhores da hipocrisia politica que não olham a meios para atingir seus fins.
Quanto à questão do 'karma' e redenção, referi isso porque na verdade o problema da Homossexualidade está relacionado com vidas pretéritas dessas pessoas que sofrem na vida presente um certo ajustamento como reflexo de seus desmandos sexuais no passado, sentindo agora uma enorme limitação e angústia por terem nascido em 'corpos trocados' que só por uma redenção de vida e entendimento da verdade (pelo Amor e não pelo Sexo) podem alcançar sua verdadeira Felicidade, como de resto a maioria das pessoas heterossexuais que em muitos aspectos se degradam e pervertem também sexualmente julgando que tudo é licito fazer em nome do seu "livre arbítreo".
Muito haverá certamente para dizer a este respeito, e cada um fará sua reflexão e tirará sua própria conclusão. Eu faço a minha e dou minha simples opinião.
Rui Palmela
Caro Rui,
ResponderEliminarÉ um prazer poder estar aqui de novo a trocar algumas ideias. Espero que me perdoe o lapso de dois meses na resposta...
Como já falámos abertamente sobre a questão da homofobia, acho que apenas acrescento um ponto relativamente ao "casamento entre pessoas do mesmo sexo". Aqui, se me permite a opinião, trata-se essencialmente de uma questão de _terminologia_. Se por "casamento" se entende "uma cerimónia religiosa em que dois adultos trocam votos entre si perante Deus", então, claro, isto não se pode aplicar a dois adultos que sejam do mesmo sexo, porque a Igreja Católica não o permite, e é nesse contexto que a palavra "casamento" entrou no nosso vocabulário. Aí tenho de estar completamente de acordo consigo! Teria a Igreja Católica que mudar a sua doutrina primeiro, para que a palavra pudesse ser empregue nesse sentido, e isso não vai acontecer (e não é por haverem católicos homossexuais que "queiram" que a Igreja "aceite" esse casamento religioso que a ICAR vai "mudar" a doutrina: supostamente, a doutrina é inspirada divinamente, e Deus não é suposto contradizer-se, pelo que isso está fora de questão).
Seria tão ridículo como, por exemplo, admitir que ateus ou crentes doutras religiões não cristãs "insistissem" em ter um "baptismo ateu" ou uma "sagrada comunhão hindu" (porque no fundo a cerimónia cristã tem direito a festa, reunião com a família, etc., e os não-cristãos, sendo igualmente cidadãos, "achar-se-iam no direito" de também ter essas cerimónias). Isso não faz sentido. O baptismo e a comunhão são sacramentos cristãos, e, como tal, não é legítimo (na minha opinião) "re-aproveitar" essas palavras para designar o que quer que seja fora do contexto religioso dado pelo cristianismo.
A título de exemplo, no budismo, não existe "casamento", pois não faz sentido: não há uma "entidade superior" que sirva de testemunho. Os cônjuges budistas efectivamente trocam votos entre si, e é normal a comunidade fazer votos auspiciosos para que tenham uma vida feliz. Logo, os budistas não deveriam reclamar o "direito" a terem um "casamento pseudo-cristão de inspiração budista", porque isso não faz sentido.
Na realidade, o problema está em que o sacramento cristão da união sagrada de duas pessoas perante Deus como testemunha tem um nome: _matrimónio_. No entanto, a palavra "casamento" implica uma união _civil_, reconhecida pela República, pelo menos desde 1911, fora do contexto sagrado. Ou seja: quando dois adultos se registam enquanto núcleo familiar que vivem juntos, e esse registo é civil, temos casamento. Se são cristãos e o fazem numa Igreja, temos matrimónio. Em Portugal, o matrimónio cristão implica automaticamente o registo civil como casamento (graças aos acordos com a Santa Sé na Concordata), daí haver um certo "abuso" da utilização da palavra "casamento": usa-se como sinónima de matrimónio porque, efectivamente, para a população que recebeu o sacramento do matrimónio numa igreja cristã, também receberam automaticamente o casamento civil. Numa altura em que mais de 90% da população se considerava cristã, a utilização de "casamento" como sinónimo de "matrimónio" fazia todo o sentido.
Mas na realidade são coisas diferentes.
Embora não seja cristão, não acho, de todo, correcto que se fale em "matrimónio homossexual". A Igreja Católica (ou qualquer outra igreja cristã) não é "democrática" no sentido de "votar" para que se mudem os ensinamentos divinos de acordo com o que "der mais jeito" aos potenciais praticantes. Há, de facto, muitos católicos praticantes que são homossexuais, mas não há nenhuma doutrina capaz de validar o matrimónio entre casais homossexuais, e acho difícil que alguma vez isso possa ser mudado.
No entanto, uma coisa é a Igreja — temos liberdade de fé neste país, o que implica não apenas que podemos escolher a religião que quisermos, como as próprias religiões podem professar as doutrinas que acharem melhor. Outra coisa é o Estado, que é laico. O Estado não pode contrair "matrimónios"; pode, isso sim, criar a figura legal de "casamento" — livre da carga emocional e religiosa do matrimónio — e dizer por que regras se segue.
ResponderEliminarPara um casal homossexual, o casamento (e não o matrimónio!) é o que lhes permite legalmente resolver questões de partilhas, heranças, divisões de bens, etc. — um direito que é concedido a todos os cidadãos (igual protecção dos seus bens perante a justiça). Mas até muito recentemente era negado a pessoas apenas por causa da sua orientação sexual. Isto era profundamente injusto para aqueles que, devido à sua orientação sexual, eram pois discriminados pelo Estado na aplicação da protecção dos seus bens. Deve-se entender, pois, a noção de "casamento homossexual" como um contrato entre dois adultos que confere a cada um direitos e deveres específicos e a protecção plena do Estado desses direitos e deveres, coisa que não deve estar circunscrita apenas a "alguns" cidadãos, dependendo da sua orientação sexual.
Agora é claro que concordo consigo que não deve haver matrimónio homossexual. Pelo menos não na Igreja Católica. Se outras religiões assim o entenderem, poderão ter as suas cerimónias como muito bem lhes apetecer. Mas dentro da Igreja Católica essa noção não faz sentido.
Portanto penso que estamos fundamentalmente de acordo quanto a isto. O problema não está no contrato de casamento civil entre casais do mesmo sexo. O problema está em que a maioria das pessoas (e mais uma vez concordo consigo) "confundem" o casamento com o matrimónio, e julgam que as palavras são sinónimas; são-no, de facto, mas apenas para os cristãos heterossexuais. É verdade que estes são a maioria da população, mas um Estado laico tem o dever de proteger os direitos de _todos_ os cidadãos (e exigir os mesmos deveres destes), e não só daqueles que sejam a "maioria".
Já o seu comentário final, de que a orientação sexual é fruto de acções em vidas passadas, e que a felicidade não está nem no sexo, nem no "dar largas às emoções" (no fundo, o inverso do livre arbítrio, que é a escravatura das emoções que nos compelem a fazer X ou Y), aí já estou completamente de acordo consigo e subscrevo a sua visão — é também a minha. No entanto, não posso chamar de "perversão" ao condicionamento que leva uma pessoa nesta vida a seguir uma orientação sexual X ou Y. É apenas consequência. Como tal, se a pessoa sofre por isso, apenas posso ter compaixão por ela — seja ela homossexual, heterossexual, hipersexual, ou qualquer outra orientação. Não faço qualquer distinção entre o sofrimento que advém da angústia por não se poder ter o que se quer (ex. adultério...) — todo esse sofrimento é horrível, independentemente do resto da sociedade "tolerar" ou "condenar" o comportamento resultante do mesmo. Mas como diz, e muito bem, trata-se de uma questão completamente diferente e merece reflexão própria. Tudo o que posso dizer é que há muito mais sofrimento devido às angústias criadas pelos impulsos sexuais (especialmente quando são negados) nos indivíduos heterossexuais do que nos homossexuais — simplesmente porque o primeiro grupo tem muito mais pessoas. Mas isto não quer dizer que uns "mereçam" mais compaixão do que os outros. O sofrimento por que passam é idêntico.
... talvez deva apenas perguntar, mais uma vez a título de pedido de esclarecimento, se o seu entendimento e utilização da palavra "redenção" apenas implica "libertação do sofrimento existencial", como parece ser o sentido que lhe dá no penúltimo parágrafo do seu último comentário. Se sim, penso que estamos a falar da mesma coisa. Não gosto da utilização da palavra "redenção" no contexto de uma via espiritual, porque em países de língua portuguesa nos remete quase sempre para a redenção cristã, onde tem um significado teológico bem preciso, sinónimo de "salvação", que pressupõe a disponibilidade ou vontade de um agente exterior em conceder uma absolvição de pecados — tudo dentro de um contexto muito específico e próprio.
ResponderEliminarMas outras linhas religio-filosóficas deram à palavra outros significados, daí a minha questão.
Amor verdadeiro esta acima de contato físico.
ResponderEliminar_____tem muita gente confundindo amor com atração.
Bom ____ Para todos, A minha opinião para o tema que exige um certo grau de dificuldade e a seguinte, não acredito que homossexual seja uma ação sã de homem, pois se assim fosse a humanidade já estaria extinta ha muitas décadas, agora se hoje em dia existem mais homossexual que antes, também não sei dizer com certeza, o que eu acho e que todos tem o direito de guiarem suas vidas e pelo fato dos homossexuais hoje estarem mais assumidos e aceitos e outra história. acho apenas os homossexuais deveriam criar seus espaços e suas crenças, pois querer que outros aceitem suas relações como normais é utopia e também querer adotar uma criança sem saber se a mesma vais aceitar isso como normal em nome do amor, também é muita prevenção e por última acha que esse Deus cristão , por ser amor, é o seu Deus estão enganados, pois a bíblia condena a ação homossexual ( lembra de Sodoma???) e não venha dizer que naquele tempo o homossexualismo era diferente do de hoje. Procurem grupos, outros deuses, deixem os inocentes e vão serem felizes neste mundo que vocês idealizam como perfeito com suas próprias leis. Essa e minha opinião.
ResponderEliminarInfelizmente estamos caminhando para o fina dos tempos onde vai se extinguindo a procriação com a falencia da familia tradicional. Aqui na minha cidade é enorme o numero de lesbicas desde criança e que se tornaram depois de adultas muitas deixando o próprio casamento. Para seguir suas aventuras sexuais. Gays são muitos também. Com certeza aquilo que aquele politico falou irá acontecer. A diminuição drastica do numero do ser humano na Terra será fatal.
ResponderEliminarA questao da homossexualidade é um assunto muito complexo, porque quando se faz avaliacao dos chacras dos homossexuais verificasse q o chacra sexual anda no sentido invertido. Mas a um nivel mais espiritual, a alma nao tem genero e o amor tambem nao. Mas percebo perfeitamente a condenação da sociedade a determinadas praticas sexuais, porque senao existirem limites nas mesmas, a pedofilia, violadores etc eram considerados aceites e puderiam praticar isso livremente...e sinceramente acredito que a sociedade um dia os irá aceitar sem qualquer condenação...Uma outra coisa engraçada na pratica anal seja ela entre casais hetero ou gay, é o quanto o que leva é sugado energeticamente na maioria das vezes que pratica essas relações...mas ser gay sem duvida é um tipo de karma acumulado. A quantidade de vidas que ja tivemos neste tipo de frequência faz-nos ser varias personagens, gays, ladrões, maus, padres, professores etc...para que um dia compreendamos os diversos cenarios possiveis e quando tivermos preparados para nao reencarnar mais, conseguimos utilizar a energia mais poderosa wue temos que é a sexual, para outro tipo de fins.
ResponderEliminarAinda bem que sou hetero. Deve ser uma bosta se descobrir homo. Mas fazer o que né. ...vida que segue, não tem jeito mesmo. Melhor aceitar que ficar sofrendo.
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