domingo, 21 de dezembro de 2008

A NOSSA FAMILIA


Começaria por citar neste meu artigo umas palavras dos Evangelhos sobre a familia de Jesus quando uma pessoa foi ter com ele e lhe disse que sua mãe e seus irmãos pretendiam falar-lhe, uma vez que Jesus não aparecia há vários dias em casa porque andava pregando no meio das multidões. Perante as palavras do homem do recado, Jesus respondeu apenas dizendo: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? Qualquer que fizer a vontade do meu Pai que está nos céus, esse é verdadeiramente meu irmão, irmã e mãe”. (S.Mateus – 12: 46 a 50).

Noutras passagens Jesus teria dito também que encontrariamos dentro da nossa familia os nossos próprios inimigos e não duvido disso, tal como muita gente sabe e sente que é assim. Tantas vezes encontramos fora dela (da nossa familia) maior respeito, amor e compreensão pelo que somos. Esta é a verdade!

Isto vem um tanto a propósito de conhecer casos de familias desunidas em que pais e filhos se degladiam ou se desentendem completamente por diferenças pessoais (até certo ponto perfeitamente normais) mas que podem chegar ao auge do rompimento total dos laços afectivos que os uniam mais do que uma mera ligação consanguinea ou biológica. O problema é que se exige ou se impõem conceitos de familia que nada têm a ver com a verdadeira FAMILIA UNIVERSAL da qual fazemos parte como Irmãos uns dos outros, quer tenhamos consciência disso ou não.

Por isso, entendo bem as palavras de Jesus ao dizer que “qualquer que fizer a vontade do meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe”, pois ultrapassa todas as ideias preconcebidas e limitadas do que somos, o que fazemos aqui, donde viemos e para onde vamos na nossa caminhada por esta vida.

Pessoalmente tentei passar essa mensagem de verdade aos meus filhos, vendo-os como irmãos, nem sempre entendida por eles nem por meus familiares (pai, mãe, tios, etc.) mas que o tempo ajudará decerto a aproximarmo-nos mais e darmos as mãos uns aos outros nos dias de grande atribulação.

Efectivamente são estes os tempos conturbados que vivemos, anunciados há muito pelos Mestres e Profetas da Humanidade que vislumbravam coisas para além do nosso entendimento e os quais sofreram também tanta incompreensão, muitos apedrejados, vilipendiados, perseguidos e até crucificados. Hoje os recordamos e vamos dizendo que eles tinham razão!

Fecho assim este meu artigo desejando apenas que esta quadra de Natal traga paz e amor à Humanidade e sobretudo verdade e luz a cada coração. Afinal, somos todos uma Familia que deve estar unida e caminhar numa mesma direcção.

Pausa para reflexão!

Rui Palmela

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