sábado, 13 de março de 2010

OS NOVOS 'POBRES' NÃO SABEM VIVER...


Num tempo de Crise que o Mundo atravessa, com as crescentes dificuldades de milhares de familias no Desemprego com muita gente para alimentar e só poucos a produzir ou a trabalhar, surgem os novos ‘pobres’ da classe média que recorrem a instituições de beneficência pedindo alimentos para fazer face a outras despesas como a renda de casa, água, luz, gás, etc., ficando sem grande margem para outros gastos nomeadamente no campo da saúde, da educação e pouco mais duma vida cada vez mais dificil, menos para os governantes claro, pois esses têm sempre futuro garantido porque é uma classe elitista que defende seus interesses pessoais e não os do Povo duma Nação. Eles dizem que sim mas a realidade é outra e todos sabemos que não!

De resto, eles sabem tirar a sua parte, pois seguem aquele velho ditado que diz: “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte”... E eles a têm bastante, muita arte, sobretudo para enganar!

Mas voltando ao tema inicial, eu aproveitaria para dar umas dicas à população em geral sobre questões de alimentação que é a base de nossa subsistência e deve ser feita com verdadeira inteligência.

Assim, aconselho toda a gente a mudar alguns hábitos alimentares não só para benefício de sua saúde (e de toda a familia), como é uma forma de poupar nas despesas que podem ser melhoradas ou superadas em tempo de dificuldades.

Uma alimentação sã e económica (vegetariana por exemplo) pode ser feita pela maioria das pessoas que têm também de perder alguns vícios perniciosos como o tabaco (cada maço custa xxxx ) e poupar noutros gastos supérfluos que se podem evitar para não agravar a despesa ao fim do mês.

O problema é que muita gente não muda facilmente seus hábitos de vida e prefere continuar a mantê-los até ao limite, mesmo que as dificuldades sejam imensas. Sei do que falo por conhecimento de causa, pois é mais fácil mudar um átomo do que hábitos e preconceitos na vida das pessoas. Muita gente não entende nem quer entender que podem superar dificuldades com um mínimo de empreendimento, optando apenas pelo verdadeiro mantimento. Sim, este é base de tudo e simplesmente foi descurado e adulterado ao longo de gerações. Hoje todos sofremos as consequências de nossos erros, maus hábitos e muitas ‘prevaricações’...

Quem puder entenda esta minha dissertação.

Pausa para reflexão!

Rui Palmela

7 comentários:

  1. adoro os teus textos caro Rui Palmela, continua assim!

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  2. Caro rui, creio realmente que haverá uma mudança de comportamento, não por boa-vontade, mas por imposição das circunstâncias; esta crise veio para ficar!

    Os portugueses viveram durante muito tempo acima das suas posses, contraindo empréstimos para uma série de bens a que não poderiam permitir-se. Como povo latino, somos muito vaidosos e valorizamos carros topo de gama, roupas de marca, etc, e todos passaram a pensar terem direito a tudo isso!

    Ainda ontem eu e o meu marido comentávamos sobre a construção desenfreada na nossa terra; realmente não há necessidade disto, é uma aberração, a justificação está na cupidez dos empreiteiros. No entanto, agora, essas construções estão praticamente paradas e outras que estavam no plano foram canceladas. E nós concluímos: graça a Deus por essa crise!

    A carteira dos portugueses não tem capacidade para esse tipo de vida consumista, nem o nosso planeta tem capacidade para esse tipo de comportamento. Temos que regressar a uma vida mais simples, menos materialista.

    Se não é a bem...

    Um bom domingo, Rui.

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  3. Tens toda a razão no que dizes, amiga Fernanda, milhares de familias estão hoje em sérias dificuldades por causa do sobreendivimento que fizeram durante os últimos anos, assumindo compromissos acima de suas posses e agora estão entregando casa, carro, etc., por não terem dinheiro para pagar as dívidas.

    Conheço casos de quem recorreu demais ao cartão de crédito (até para passar férias no Algarve) e agora sente imensas dificuldades para cumprir sua obrigação de liquidar tudo o que deve.

    Sim, tua conclusão está correcta sobre a questão da Crise que é sobretudo de valores humanos (mais do que económico/financeiros) e oxalá que os homens percebam que o dinheiro para nada serve num mundo que estão destruindo ou exaurindo até às entranhas e já começa a dar sinais de não suportar mais esta forma de Civilização.

    Entretanto, o objectivo do meu texto é ajudar as pessoas a perceberem que muitas dificuldades no orçamento familiar podem ser superadas ou minimizadas se mudarem hábitos de vida, inclusive os da alimentação, podendo ser vegetariana por mais saudável e económica. Falo por experiência própria, pois contrariamente àquilo que muita gente pensa, a comida vegetariana é mais barata do que a normal e tem a vantagem de ajudar muita gente a libertar-se gradualmente de medicamentos.

    Infelizmente, a maior parte dos pensionistas do nosso país gasta demasiado nas farmácias por causa de problemas de saúde (hipertensão, diabetes, reumatismo, etc.) que seriam evitados por uma alimentação mais saudável, isenta de carnes, enchidos, doçarias e tudo o que é nocivo e sai caro ao bolso de qualquer doente. Certo?

    Na verdade, querida amiga, "Temos que regressar a uma vida mais simples, menos materialista"... como muito bem dizes.

    Um abraço

    Rui Palmela

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  4. antonio maria claret soares de marialva15 março, 2010

    Amigo Rui.

    Afoito como sou ou mais "abelhudo" que afoito, rsrsr, não poderia deixar de tecer um comentário sobre tal questão que por viver no Brasil, conheço de cátedra.
    Sei muito bem o que é descer degraus de uma escala econômica, posto que a social que emgloba a cultura não se desce. O que está a suceder com Portugual está também a suceder com toda a UE e também com os EUA, em virtude do desvio de investimentos feito pelos "senhores do mundo" para novos horizontes, nomeadamente o Brasil e a América do Sul, aliado à uma economia consumista do inútil e desnecessário que criou riquezas sem lastro produtivo real, ou seja, dólares, euros, débitos e créditos sem a equivalência produtiva de bens essenciais à manutenção da vida.
    Comentários de macro-economia à parte, a Fernanda e o Rui teêm toda razão. É preciso se despojar o orgulho, da soberba e da inutilidade e se ater às necessidades reais e indispensáveis. Ora, à uma família basta uma só casa e um ou no máximo dois carros econômicos. Basta uma só televisão, um aparelho de som, um Desktop, etc.
    Na alimentação, o excesso de guloseimas, refrigerantes ou gasosas,bebidas alcoólicas, tabacos, etc.,devem ser banidos, bem como e principalmente o "fast food". O vegetarianismo do Rui deve ser exercitado paulatinamente para os resistentes à esta forma de alimentação, mesmo porque daquí alguns anos não mais teremos tais animais para consumir e teremos de "desmamar" de uma forma ou de outra. Além do mais, o que economizarmos em bens duráreis e semi-duráveis e na alimentação, automáticamente será transferido a outros que nada possuem.
    O grande segredo do humanismo reside dentro de nossos próprios lares e não nos governos corruptos.
    Nossos filhos aprendem conosco e não com os políticos. O futuro justo depende de cada família e não de "vampiros" governamentais.
    O Amor nasce no berço da família amorosa e nunca nos becos fedorentos das selvas de pedra!
    Abraços.

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  5. Na Marie Claire, edição francesa, de Março, há uma reportagem muito interessante e até divertida sobre uma jornalista que adopta, com a família, por uma semana, uma forma mais ecológica de vida ("Devenir 100% ecolo"). Uma das conclusões dela, muito gratificante, é que a conta do supermercado reduziu bastante, consegue fazer as compras para as refeições de 4 por muito menos!

    E eu também já comprovei isso mesmo, Rui.

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  6. Gostei imenso, e concordo totalmente com os 2 últimos parágrafos do António Maria

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  7. Nita Ferreira15 março, 2010

    Como te entendo, meu amigo!

    Quanto às mentiras, corrupção e o encher de bolsos dos políticos eu já nem tenho mais palavras. Creio que já chegaram ao fim da linha da falta de escrúpulos e que vão ter que, inevitavelmente ganhar vergonha para que tenham quem os ouça, pois acho que não há mais por onde mentirem e roubaarem o povo.

    Por outro lado eu diria que seria tão simples, económico e saudável se os hábitos de gerações e gerações fossem alterados e as populações conseguissem consumir apenas o essencial e básico, pondo de lado alimentos, hábitos e rotinas que alteram e prejudicam de modo tão pernicioso a saude e o modo de vida. Vale a pena pensar nos animais livres na floresta que, se não tiverem o seu habitat alterado pelo homem, vivem felizes, alimentando-se apenas do necessário e do adequado à sua sobrevivência saudável.

    Já alguém viu, no seio da floresta, um veado ou um tigre obeso? E uma girafa com tensão alta ou stress?

    Pode parece anedótica a comparação mas para mim faz todo o sentido refectir nela.

    Bem hajas.

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