terça-feira, 17 de agosto de 2010

FOGOS CRIMINOSOS EM PORTUGAL




Todos os anos se repetem no meu país os mesmo cenários dantescos de fogos que reduzem a cinzas milhares de hectares de florestas, destruindo casas e matando pessoas e animais que ficam encurralados ou são queimados vivos entre as chamas.

Os fogos na sua maior parte são de origem criminosa de gente que parece ficar impune perante as leis que não actuam nem condenam devidamente, mesmo os que sendo apanhados em “flagrante delito” são presos mas libertados simplesmente.

Tudo porque as alterações ao Código Penal feitas pelo governo socialista, por razões economicistas ou outras, leva a que os criminosos em Portugal (no caso os incendiários) continuem destruindo bens e florestas sem que tenham de prestar contas perante a justiça pelos seus actos hediondos.

Entretanto vão morrendo bombeiros na luta contra as chamas como aconteceu com a jovem bombeira voluntária Cristina Santos, de 21 anos de idade, a quem presto aqui a minha mais sentida homenagem pelo seu valor, lamentando o sucedido. O mesmo também faço para todos os outros bombeiros que têm perdido sua vida na luta contra as chamas que têm destruido o país.

Enquanto isto, os criminosos ficam à sombra gozando o panorama pelas imagens de televisão, longe do inferno que eles próprios criaram para sua satisfação. Isto é de loucos mesmo, o país está entregue a gente que não o sabe governar e vêm apenas fazer discursos politicos ocasionais, tirando partido da situação.

Em vez disso, o governo devia sim era penalizar devidamente os criminosos incendiários obrigando-os a irem à frente dos bombeiros apagar os fogos que eles próprios incendiaram e depois disso irem para a prisão. Era assim que devia acontecer, mas infelizmente não!

Também devia ter a coragem de exigir a tanta gente jovem que recebe subsidio sem nada fazer para o merecer e obrigar a que prestassem um serviço à Comunidade limpando florestas antes do Verão para evitar os incêndios que todos os anos acontecem. Mas em vez disso o governo prefere fazer discursos para ‘boi dormir’ (como dizem os brasileiros) e nada faz para inverter esta calamitosa situação. Deviam ser responsabilizados também pelo povo que exige dos governantes mais empenho e responsabilização.

Fico por aqui,

Pausa para reflexão!

Rui Palmela

3 comentários:

  1. antonio maria claret soares de marialva18 agosto, 2010

    Amigo Rui.
    Também deixo consignado minha homenagem à jovem companheira de serviço público, que demonstrou coragem e obstinação ímpares!
    Cá, no Brasil, o mesmo acontece por ocasião da estiagem quando VAGABUNDOS CRIMINOSOS, para economizar na roça, ateiam fogo às matas agredindo a natureza e pôem em risco vidas humanas como foi o caso desta jovem. Esta tragédia que assola a Nobre Terra Portuguesa não é obra da natureza e nem tampouco culpa dos Demônios, mas sim de seres DESUMANOS cuja consciência está abaixo de qualquer animal.
    A Mãe Terra não mais aceita este tipo ignóbil de agressão. Ah... se fosse no Irão!....
    Perdoem-me a revolta....

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  2. existem muitos interesses nos incêndios em Portugal desde dos madeireiros, empresas de combate a incêndios (aviões), construção civil, pós plantação de eucaliptais pelos proprietários da floresta queimada ,etc ....enquanto houver alguém a lucrar com os incêndios , eles existirão sempre.

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  3. Josefa, a bombeira
    "Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado em part-time e bombeira voluntária. Acumulava trabalhos e não cargos - e essa pode ser uma primeira explicação para a não conhecermos. Afinal, uma jovem daquelas que frequentamos nas revistas de consultório, arranja forma de chamar os holofotes. Se é futebolista, pinta o cabelo de cores impossíveis; se é cantora, mostra o futebolista com quem namora; e se quer ser mesmo importante, é mandatária de juventude.
    Não entra é na cabeça de uma jovem dispersar-se em ninharias acumuladas: um curso no Porto, caixeirinha em Santa Maria da Feira e bombeira de Verão.
    Daí não a conhecermos, à Josefa. Chegava-lhe, talvez, que um colega mais experiente dissesse dela: "Ela era das poucas pessoas com que um gajo sabia que podia contar nas piores alturas."
    Enfim, 15 minutos de fama só se ocorresse um azar... Aconteceu: anteontem, Josefa morreu em Monte Mêda, Gondomar, cercada das chamas dos outros que foi apagar de graça. A morte de uma jovem é sempre uma coisa tão enorme para os seus que, evidentemente, nem trato aqui. Interessa-me, na Josefa, relevar o que ela nos disse: que há miúdos de 21 anos que são estudantes e trabalhadores e bombeiros, sem nós sabermos.
    Como é possível, nos dias comuns e não de tragédia, não ouvirmos falar das "Josefas que são o sal da nossa terra?"

    Por FERREIRA FERNANDES, Diário de Notícias

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