A 'REVOLTA' DA TERRA NOS TEMPOS QUE VIVEMOS

Perante os cenários de destruição que temos vindo a assistir ultimamente em várias partes do Mundo, muitas pessoas já se interrogam cada vez mais se são ‘castigos’ de Deus ou se devem a causas naturais ou são a consequência dos comportamentos dos homens dos tempos actuais.

Todos somos confrontados com a realidade de coisas que naturalmente andamos a engendrar sem pensar nas consequências dos erros cometidos desde há séculos ou milénios que não temos a consciência disso ou simplesmente andamos a ignorar.

O chamado “efeito borboleta” segundo o qual o simples bater das asas de uma borboleta pode causar um tufão noutro lado do Mundo, é uma alegoria da sabedoria milenar oriental que aprofunda a ideia de que nada acontece por acaso no mundo onde vivemos e nos movemos. Não se julgue que isso é mera fantasia ou filosofia de cordel porque é uma tese bem fundamentada pelo conceituado metereologista norte-americano Edward Lorenz que falou dela pela 1ª vez em 1963 apresentando fórmulas matemáticas que só poucos entenderam na sua visão.

A verdade é que se dermos pedradas num charco vemos formarem-se pequenas ondas que se propagam até ás margens. Imaginemos por isso o rebentamento de uma carga de dinamite no mar ou uma explosão nuclear com ondas de choque com maior extensão provocado na Natureza cujos efeitos se propagam em maior ou menor grau nos seres vivos e se reflectem no próprio homem que deu origem à situação.

Todos subestimam isso, de resto, não se importando com a Natureza e suas leis que são sistematicamente infringidas pelos homens cheios de ganância e ambição que tanto mal provocam na Terra pela forma como vivem e se comportam contra a Criação. Por isso sofrem o ‘choque de retorno’ quando menos esperam e isso faz-me lembrar o que sucedeu no Japão, país que tem chacinado tantas baleias e golfinhos nas últimas décadas, tendo visto agora muito barcos baleeiros serem destruidos pelo maremoto e centenas de outras embarcações e casas de pescadores que tingiam de sangue o mesmo mar que os tragou e onde milhares de golfinhos eram dizimados e violentados, arrancados à vida de forma cruel pelos homens que não respeitam mais a Natureza nem os seres da Criação.

Os Mestres da Humanidade sempre alertaram para estes e outros comportamentos errados, tendo sido muitos de seus verdadeiros ensinamentos descurados que poderiam evitar tantos males e desgraças na Sociedade que colhe sempre de acordo com o que semeia sendo essa a nossa realidade.

Creio de resto que a Terra é um Organismo Vivo que reage sempre de conformidade com o mal provocado tal como sucede com nossos corpos humanos quando agredidos ou violentados por coisas que comprometem sua integridade. O Equilibrio é necessário à vida no planeta e de todas as espécies que nele habitam, sendo o homem o ser que mais desequilibrios tem provocado ao longo das eras e cada vez mais nos tempos que vivemos. Esta é a verdade!

Hoje dou por mim, por isso, a pensar sobre os últimos acontecimentos que vemos e sabemos pelos noticiários de televisão que mostram os efeitos de enxurradas, sismos de grande magnitude, maremotos, etc. causando grande número de vítimas e enorme destruição. Analiso as coisas profundamente e tiro minha própria conclusão, podendo até chocar as pessoas que tenham uma outra visão.

Penso que está a haver sim uma grande ‘revolta’ da Terra contra os homens que chacinam sem dó nem piedade milhões de seres vivos e agridem a Natureza diariamente, fazendo grande devastação, sofrendo por isso o reflexo, centuplicadamente, em qualquer ocasião. Creio mesmo na ‘memória’ da Terra que vai registando e suportando tudo o que os homens fazem até certo ponto e reage quando menos se espera contra uma Humanidade que vive e se comporta contrariamente à sua própria Evolução.

Muitos entendem estes meus pontos de vista, outros não, porém a realidade dos factos fala por si e deveriam servir para os homens tirarem muitas ilações e melhores conclusões repensando seus comportamentos na Terra e parar de agredi-la com esta forma de Civilização. Se não o fizermos nestes tempos que vivemos, poucos decerto sobreviverão.

Pausa para reflexão!

Rui Palmela