segunda-feira, 2 de abril de 2012

UMA HORA NO PLANETA CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL?



Desde 2007 que uma Organização não governamental (ONG) tem mobilizado pessoas de todo o mundo para desligarem as luzes por uma hora no final de cada mês de Março todos os anos como forma de combater o Aquecimento Global, tendo já a participação de muitos paises (incluindo Portugal) com centenas de cidades que aderem a esta iniciativa.

Várias são as opiniões (divergentes entre si) sobre a eficácia desta medida apenas por uma hora, havendo mesmo quem diga que se gasta muito mais energia depois na hora seguinte quando se liga tudo de novo e dá-se o ‘Arranque’ de milhões de lâmpadas e aparelhos domésticos que estavam estabilizados em modo de poupança.

Pessoalmente, creio que esta iniciativa nada tem de vantajoso e sim uma outra que seria muito mais eficaz se todas as pessoas no mundo inteiro deixassem de consumir carne, tal como apela o próprio Chefe do IPCC da ONU, Dr. Rajenda Pachauri, explicando que a grande industria de carne é das mais poluentes e consumidoras de electricidade e recursos do planeta, calculando-se que 1 Kg de carne bovina é responsável pela quantidade de dióxido de carbono equivalente à emitida por um carro a cada 250 kilómetros e queima energia suficiente para manter acesa uma lâmpada de 100 watts por aproximadamente 20 dias. Agora multiplique-se isso por biliões de toneladas/ano que as pessoas consomem, além dos desmatamentos e água potável utilizada na criação de tantos animais para abate, além dos rios poluidos com seu sangue e visceras.

Portanto, faz muito mais um vegetariano pelo Planeta do que todas essas iniciativas  de milhões de pessoas que resolvem desligar a luz  por uma hora uma vez no ano que na verdade tem importância como acto simbólico mas é irrelevante na luta contra as alterações climáticas.  Quando muito pode ser um negócio rentável para quem vende velas...

Infelizmente pouca gente está interessada em mudar sua alimentação, mesmo os mais entusiastas desta grande iniciativa da chamada “Hora do Planeta”  que teve origem na Suiça em 1961  por um grupo de cientistas preocupados com a devastação na Natureza, tendo fundado o  World Wildlife Fund. 

Vamos pois pensar a sério nesta questão do meio ambiente que todos temos a responsabilidade de preservar  mudando o nosso “modus vivendi” que é a única forma de tudo melhorar.

Rui Palmela

4 comentários:

  1. Antonio Maria Claret Soares de Marialva02 abril, 2012

    Amigo e Irmão Rui Palmela.
    O efeito estufa não só está adstricto à atividade humana, porém sua participação é em torno de 40%. Destes, mais de 30% é produzido pela UE e EUA, que não são os maiores de carne do mundo. Portanto a conversa do Sr. Pachauri (vegetariano de carteirinha, é papo furado. Qualquer infante ou miúdo sabe sabe que o efeito estufa é produzido nomeadamente pela queima do petróleo e seus derivados. (Óleo diesel e gasolina). Todo o sistema Europeu e Americano de aquecimento e produção de energia elétrica estão baseados em Usinas Termoelétricas que queimam petróleo, daí o grande valor do mesmo. Tal já ocorre há quase 100 anos. As usinas nucleares (que são limpas) produzem en torno de 20% de energia elétrica na Europa e EUA. Portanto o Sr. "páchuli ou cannabis sativa" fala bobagens científicas. Hoje o maior produtor de carnes e seus derivados do Planêta é o Brasil que usa na maioria de suas indústrias a energia de nossas usinas Hidroelétricas, que nada poluem e os dejetos da produção animal não mais são despejados à esmo nos mananciais sem o devido tratamento. Algumas Indústrias irresponsáveis (pequenas) que ainda o fazem estão a ser combatidas. Falo isto com conhecimento posto que já na década de 70 quando meu finado Pai possuía uma fábrica de farinha de ossos, a indústria era obrigada a despejar os dejectos gorduros em fossas, que depois eram reutilizadas na fabricação de diversos produtos, inclusive sabão.
    Portanto, não existe, cientificamente, relação alguma da produção de carnes e seus derivados com o aquecimento global.
    Portanto, a parcela de culpa humana pelo aquecimento global é única e exclusivamente dos Países de Primeiro mundo, posto que "peido de elefante", não causa aquecimento e nem degêlo. (rsrsrs). Outrossim, a América do Sul tem a maior reserva hidrofluvial do Planêta e só uma de nossas Hidroelétrica produz energia para 3 Países. Estamos a construir outras, mas esbarramos em "Lobbys" multinacionais e inclusive deste inútil WWF.
    Do mais, mal informados estão todos os órgãos de defesa animal ou da natureza em relação ao brasil que é o País menos poluente com um desenvolvimento que está a superar os Paises de Primero mundo. Aliás, o Brasil é o único País, mais a Africa inexplorada, que Têm condições e terras, mais clima, para produzir alimentos vegetarianos para alimentar 7 bilhões de seres humanos.
    Quanto ao vegetarianismo já disse que concordo com tal alimentação, porém se for implantada mundialmete, de uma só vez, causará uma mortandade pior que uma catástrofe nuclear, nomeadamente por falta de estrutura económica, produtiva e biológica, mormente nestes tempos de mudanças radioativas por que passa o Planêta.
    Milhões de crianças e adultos passam fome no mundo, desde o Oriente médio à Africa, enquanto os "três porquinhos" engordam no Primeiro mundo.
    Ora, uma latinha de salcicha ou patê, produzida pela pelos filhos do Zé Batista (JBS) brasileira é capaz de salvar a vida de uma criança D'africa! Quantos quilos de verduras e leguminosas é preciso para salvar uma criança em estado de desnutrição aguda? Ora, Rui, já disse ao amigo sobre o preço das verduras e legumes (sem agrotóxicos) que ainda A Europa e EUA despejam no brasil e América do Sul. Se o Brasil e América Latina se tornar vegerariana, todos (à execeção dos ricos) morrem envenenados pelo DDT. Imagina o Irmão na África e oriente meridional.
    De tal maneira este artigo do Irmão foi totalmente infeliz e despropositado. Só serve para a Europa e EUA. Quando vocês falam em degradação florestal, são Europeus e Americanos que corrompem nossos ignorantes Congressistas à colaborar em troca de "trinta moedas" para o contrabando de madeiras nobres que já está a acabar, aliás ,já acabou.
    Pausa para Pensar!

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  2. Não percebo como um kilo de carne polui. Se deixarmos de consumir carne, continuarão a existir animais, que se reproduzirão a uma velocidade infernal. Então como é que se parará de sair desses animais poluição? Não entendo.

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  3. Caro "Anónimo", penso que desconhece o resultado de estudos científicos que comprovam o facto da industria massiva da criação e abate de animmais ser uma das mais poluentes e consumidoras de recursos energéticos do Planeta, a par de outras poluentes como a dos combustíveis fósseis, tendo duplicado na última década o número de toneladas de carne consumida pelos humanos. A conclusão em termos poluidores em em todo esse processo de impacto ambiental, indica que para apenas 1Kg de carne se liberta dióxido de carbono equivalente aos valores que foram acima indicados.

    Quanto à questão dos animais se reproduzirem a uma 'velocidade infernal', isso não sucede na Natureza onde a selecção natural se encarrega de limitar o número de indivíduos por espécie. O mesmo já não sucede com os animais de cativeiro que os seres humanos criam massivamente para sua alimentação. E, como é óbvio, quanto mais pessoas consumirem, mais animais são criados para esse fim e os negociantes da industria da morte agradecem pelos lucros alcançados, pouco se importando (uns e outros) com a própria poluição originada com essa forma (errada) de alimentação.

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  4. Querido Amigo e Irmão Marialva,

    Penso que te perdes um pouco por vezes em divagações vãs que não ajudam a compreender esta questão da alimentação que tanta gente como eu já compreendeu e outros não.

    Acabei há pouco de responder a uma pessoa num grupo do Facebook onde coloquei esta mesma questão e as mesmas palavras servem para ti para que se tire uma conclusão, porquanto...


    "Acho que se anda a brincar com o futuro da Humanidade e muita gente anda iludida e enganada por “manobras de diversão” que desviam as atenções da necessidade urgente de se fazer uma verdadeira mudança na nossa Sociedade que não pode ficar tranquila pelo facto de apagar as luzes durante uma hora em 365 dias do ano, quando não há mais tempo a perder e é preciso alterar comportamentos que estão afectando o Planeta, começando desde logo pelo nosso modo errado de alimentação que se tornou uma das piores causas dos problemas ambientais dos tempos actuais, e isso está reconhecido não só por estudos científicos sérios como já era um sinal de outros tempos da degeneração do ser humano que se tornou no pior predador da Terra não sendo essa a sua verdadeira condição.

    Eu entendo a preocupação dos que vendem gado e de toda a industria ligada à criação dos animais para serem abatidos e desventrados, cujos cadáveres são vendidos aos bocados para atender às filas de gente que os aprecia na forma de refeição. Porém, chegou o tempo de mudar tudo isso porque a “Hora do Planeta” está chegando e será marcada por acontecimentos catastróficos que se multipilicarão e se agravarão cada vez mais se a Humanidade não parar para pensar e tomar uma nova direcção.

    A questão das alterações climáticas são uma realidade cujos efeitos se abaterão na maior parte da População, com aumento de temperaturas nuns lados e queda acentuada noutros, havendo secas terriveis e enormes nevões que alterarão a vida dos seres humanos que acabarão por reconhecer que os ‘Visionários’ de outros tempos tinham razão, sendo certo que os degelos polares se intensificam por causa do “Aquecimento Global” e do ‘buraco’ do Ozono concentrado na Antártica, resultante da actividade humana como nunca se constatou antes em nenhuma outra civilização pelo número de fábricas existentes poluindo dia e noite sem parar, a par de milhões de automóveis a circular e a destruição de florestas inteiras que deixaram de renovar-nos o ar, etc., etc., sendo a industria da morte de biliões de animais que mais contribui para agravar toda esta situação.

    Chegou o tempo pois de falar verdade, doa a quem doer, e certos estão todos os que mudaram radicalmente o seu modo de alimentação, não só por questões éticas e de saúde, mas sobretudo por perceberem que podem melhorar o Planeta respeitando a Natureza e a vida de todos os seres da Criação.

    Esta sim é a verdadeira “Hora do Planeta” que todos devemos ter em atenção".

    Pausa para reflexão!

    Rui Palmela

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