Ontem, dia 25 de Abril de 2011, trinta e sete anos após a Revolução dos Cravos que destituiu um regime ditatorial e instituiu uma Democracia neoliberal que não resultou em Portugal, 4 foram os Presidentes da República que se uniram para discursar no Palácio de Belém fazendo apelo aos vários partidos para se unirem nos tempos dificeis que o país atravessa a fim de ultrapassar uma das suas maiores crises e mais uma vez com a ajuda do FMI que vai lucrando milhões com os empréstimos que faz a paises que não se sabem governar ou vivem acima de suas possibilidades.
A verdade é que muitos enriqueceram no poder em Portugal onde a Corrupção se tornou um meio de alcançar certos fins que foram sendo conhecidos nos orgãos de Comunicação Social falando de Ministros e ex-Ministros e muitos “jobs for the boys” que foram se instalando em lugares arranjados em empresas publicas com parcerias privadas e muitas fundações que foram criadas para onde escorrem milhões, enquanto o povo tem sido sacrificado com aumentos de impostos numa lógica de consumismo desmesurado que o fez endividar-se também com a Banca que vai tendo seus lucros fabulosos mesmo em tempo de crise e onde vários ‘buracos’ têm sido tapados com dinheiros dos contribuintes (caso BPP e BPN).
É este o estado geral da Nação onde os vários partidos lutam e competem entre si para chegar ao poder que parece ser muito apetecível apesar da economia estar falida e em recessão com um ‘défice’ e endividamento externo enorme, pois quem paga é o povo que vai sendo sempre enganado em época de eleições onde se gastam mais uns tantos milhões distribuidos aos partidos que os recebem sem pejo para mais campanhas inúteis que só afastam as populações das urnas como se tem verificado nos últimos anos pelo nível crescente de abstenções.
5 de Junho foi o dia marcado para o povo escolher de novo, entre os vários candidatos, quem deve governar. E o mais estranho é que o verdadeiro responsável pela situação em que se encontra o país (José Sócrates) ele continue tendo hipótese de voltar a governá-lo pelas sondagens a poucas semanas das eleições, sendo facto que a arte politica de discursar e ludibriar as pessoas é bem conhecida pelos 4 Presidentes que apelaram agora à verdade e união ou coesão nacional que deve estar acima dos interesses politico/partidários neste momento crucial em Portugal. Isto não significa porém aceitar mais do mesmo e sim procurar novas soluções que não as do ‘neoliberalismo’ de muito más recordações.
Rui Palmela
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