sexta-feira, 1 de julho de 2011

A 'CRISE' GREGA


Repassando...

Jornal espanhol "El Mundo", citado na revista "Sábado" - 22JUN/2011:

"Um dos principais hospitais de Atenas , que todos os anos dá prejuízos e recebe do Estado, tem quatro minúsculos arbustos na sua entrada - e emprega 45 jardineiros para cuidarem deles.

Há 40000 mulheres que recebem uma pensão mensal vitalícia de 1000 euros (num total de 550 milhões de euros por ano) pelo simples facto de serem filhas solteiras de funcionários do Estado que já morreram.

Há departamentos da administração pública que têm 50 motoristas para cada carro oficial.

As famílias de cerca de 4500 pensionistas esconderam a sua morte do Estado para continuarem a receber subsídios, num total de 16 milhões de euros por ano.

E 600 profissões receberam o direito a uma reforma antecipada (aos 55 anos para os homens e aos 50 para as mulheres), nas quais se incluem cabeleireiros, músicos de instrumentos de sopro e apresentadores de televisão."

Por mais que a União Europeia, o BCE, o FMI, a Alemanha ou a França queiram salvar o euro, convém que os países que precisam da ajuda não ultrapassaem certas linhas de decência. A Grécia, claramente, ultrapassou-as; espera-se que Portugal não.

3 comentários:

  1. Meu caro amigo Rui Palmela, quero dar-lhe a minha opinião sobre o que Jornal "EL Mundo" escreveu.

    Em primeiro lugar é normal que os hospitais dêem prejuizo, pois são serviços para poder melhorar as condições de vida dos cidadãos doentes ou em risco de vida, é serviço publico.
    Provavelmente o que não se aceita é certos médicos nos hospitais receberem muito dinheiro, e se é um serviço publico o Estado deve financiar os hospitais.
    Mais uma vez estão a querer colocar o Estado como "mau da fita". Caso o Sr Dr Passos Coelho vir a privatizar os hospitais, até pode vir a folgar o Estado de despesas, mas as pessoas vão ter que ter dinheiro para usarem os futuros serviços privados hospitalares, isto em Portugal.

    Esses 1000x40000 é dinheiro muito mal empregue.

    Ou seja para dar pensões altíssimas e manter motoristas de administradores já há dinheiro mas para manter um hospital já estamos numa crise e provavelmente tem que se privatizar e quem paga depois é o povo. Estas coisas na Grécia, não tarda muito, termos coisas parecidas cá.

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  2. Obrigado pela sua participação dando sua opinião, caro Martins.

    Concordo consigo até certo ponto de que os hospitais tenham de prestar um serviço público e por isso não sejam como as empresas que tenham de dar lucro, mas a verdade é que há excessos de despesas que podiam ser evitadas se o Estado controlasse melhor a situação.

    Direi mesmo que há excessos de exames de rotina feitos a doentes que podiam ser evitados e muita medicação oferecida que acaba no lixo e tudo isso soma milhões de euros anualmente, entre outras coisas como aquelasd que você aponta.

    Por outro lado, é certo que somos um país de doentes porque não se investe na Saúde educando a população para melhores hábitos de vida e uma verdadeira forma de alimentação. Mas como a doença é um grande negócio que todos pagam para quem a explora, duvido que o Estado ou o novo governo consiga acabar com muitos interesses inconfessáveis que minam por dentro o sistema de saúde em Portugal.

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  3. Eu concordo que o Estado devia controlar mais a gestão dos hospitais,ou até do Serviço Nacional de Saúde. Eu sei que será difícil, que o Novo Governo acabe com os interesses que existem no SNS, mas provavelmente, eu não sei, são obrigados a não acabar com isso.
    Outro problema é que existem Grandes empresas que tem os políticos na mão, os políticos não conseguem o que pretendem, ou que o pensavam que poderiam fazer.

    Agora eu acho que este governo está-se a precipitar, porque vejamos, sempre que vem à baila que uma empresa, ligada ao Estado, como TAP, EDP, GALP, REN e CP vem sempre a ideia de privatizar, porque estão a dar prejuizo.É como lhe digo as privatizações funcionam, mas só a curto prazo, e depois os Portugueses uma dia vão ter que pagar muito caro por esses Serviços. No meu entender se a essas empresas dão prejuizo, seria organizar uma equipa de gestores séria(o que é difícil) para verificarem a gestão dessas mesmas empresas e impor regras de modo a que as essas empresas se consigam manter.

    Mais uma coisa que foi mal feito, foi liberalizar os preços dos combustíveis, isso foi um jeitinho feito pelo governo de Durão Barroso, aos senhores das petrolíferas. Agora fazem o preço que querem e não querem saber se o petróleo sobe ou não.

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