sexta-feira, 26 de junho de 2009

"ESTAMOS A BATER NO FUNDO"...


O Ministro das Finanças português, Teixeira dos Santos, quando entrevistado sobre a enorme quebra de receitas do Estado que refletem as más medidas do governo para combater a crise, fez a afirmação de que “estamos a bater no fundo”...

Infelizmente não é assim para os ricos do país que continuam a manter suas riquezas pessoais pouco se importando de resto para os graves problemas nacionais.

Outrossim, é sempre o povo a pagar os erros e fraudes politicas ou económicas que se abatem sobre os cidadãos comuns quando algo corre mal a nível governamental, pois nunca são responsabilizados esses tais que comandam as Nações e gerem os capitais. Seria bom mesmo que tudo batesse no ‘fundo’ para que todos aprendam a viver de forma certa e coerente e os sacrifícios sejam feitos por toda a gente.

Em vez disso, vemos Ministros muito sorridentes (confiantes talvez nas suas contas bancárias) a falar de um país da sua imaginação que não corresponde à realidade e continua o despesismo e endividamento externo que será agravado decerto com as obras megalómanas de um “TGV”, uma 3ª Ponte sobre o Tejo, uma nova Auto-Estrada do Porto-Lisboa e um novo Aeroporto, tudo em tempo de crise e sem dinheiro para o fazer. Portugal quer mesmo fazer figura de rico sendo pobre, mas quem paga a factura são sempre os mesmos que levam a vida a trabalhar para pagar impostos e uma casa a que têm direito para viver. Esta é a verdade!

Neste momento Portugal tem mais de 2.000.000 (dois milhões) de pobres, representando assim 20% da população que é de 10 milhões, havendo agora mais de 620.000 desempregados com metade (cerca de 300.000) que não recebe subsídio de desemprego. Esta é a realidade de um país que pertence à C.E. e sofre o reflexo da destruição de sua Industria, Agricultura e Pescas, que eram factores de desenvolvimento interno e de riqueza nacional que deixou de ser com a adesão à “moeda única”, hoje mais dependentes de subsídios do que da força do trabalho.

A par de tudo isto cresce o medo ou sensação de insegurança que toma conta da vida dos portugueses que acreditaram naqueles que tomaram os destinos da Nação após a Revolução do dia 25 de Abril de 1974 com a queda de um regime ditatorial que deu origem à “Democracia” dos homens do poder que fazem o contrário daquilo que prometem em época de Eleições, prejudicando cada vez mais as populações.

Na verdade todos lutam entre si acusando-se uns aos outros pelos maus governos das legislaturas que chegam ao fim piores do que começaram, nunca sendo responsabilizados pelas más medidas que tomaram e prejudicaram o país, saindo sim sempre beneficiados de seus cargos para outros que lhes garantem um futuro risonho em empresas públicas ou privadas onde acumulam salários elevados com pensões que recebem pela sua passagem no governo ou Assembleia da República, ficando o povo mais pobre ou prejudicado, tendo confiado naqueles que enganam, iludem e sacrificam a população.

Enfim, temos novas eleições à porta e de novo vai haver luta pelo poder, todos se degladiando uns aos outros para conquistar os votos da população. Por mim podem falar até se fartar...

Pausa para reflexão!

Rui Palmela

1 comentário:

  1. Este homem é um lírico. Há uns dias reconhecia que a crise económica/financeira estava fazendo Portugal "bater no fundo" com a quebra de receitas no valor de milhões de euros, as piores de sempre. Agora diz que começa a haver fortes sinais de que a crise está a passar, sendo ela ainda uma realidade em todo o Mundo.

    Os políticos são de facto os piores trafulhas e embusteiros da Sociedade que nunca falam verdade.

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