O vocábulo democracia apareceu pela primeira vez na Grécia Antiga (cerca de 500 a.C.) e se desenvolveu-se em Atenas, em oposição aos conceitos de Monarquia e de Oligarquia, introduzindo uma noção completamente nova sobre o poder e povo.
A democracia grega baseava-se no direito ao voto directo, sem eleição de representantes. Tinham o direito de votar todos os homens adultos que tivessem completado o treino militar, ficando de fora as mulheres, escravos e estrangeiros (quiçá também os homossexuais) que estavam excluídos da participação eleitoral. A cidadania grega excluía também aqueles que não pagassem as dívidas à cidade ou qualquer pessoa que não descendesse de cidadãos atenienses. Assim, a população ateniense apesar de ter atingido as 300.000 pessoas, só 30.000 podiam votar.
A democracia grega baseava-se no direito ao voto directo, sem eleição de representantes. Tinham o direito de votar todos os homens adultos que tivessem completado o treino militar, ficando de fora as mulheres, escravos e estrangeiros (quiçá também os homossexuais) que estavam excluídos da participação eleitoral. A cidadania grega excluía também aqueles que não pagassem as dívidas à cidade ou qualquer pessoa que não descendesse de cidadãos atenienses. Assim, a população ateniense apesar de ter atingido as 300.000 pessoas, só 30.000 podiam votar.
Os gregos porém chegaram facilmente à conclusão que as eleições populares favoreciam os mais ricos e os bem-falantes (como acontece hoje) e os mais famosos da vida pública. O dinheiro podia ser usado para comprar votos (como hoje) e a popularidade pervertia a justa nomeação para os cargos públicos que deveriam ser ocupados por mérito e competência, mas tal não se verificava (como hoje). Tentando contornar os dilemas do processo eleitoral, os atenienses mudaram o sistema para umas “rifas” democráticas onde a competência deixou de ser a questão principal (como hoje), pois o importante era que houvesse rotatividade no desempenho dos cargos que hoje denominamos de “alternância democrática”.
Enfim, a "Democracia" já no berço ateniense demonstrava muitas falhas e disfunções (como hoje) e obrigava a constantes ajustes que por vezes tocavam o absurdo. De resto, os ateniense inventaram também a palavra “idiota” para acusar todo e qualquer cidadão que não quisesse fazer parte do "governo democrático" cujo regime se tornava num circo, com os idiotas de fora a assistir e aplaudir, como acontece hoje...
Já agora, vem mesmo a propósito o artigo de Mário Crespo sobre o ‘Palhaço’ que podemos ver a seguir:
"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster ou votar em branco, ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si.
O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas dos que não o aplaudem, seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo, seja a instaurar processos, seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço.
O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos que vociferam insultos.
O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género e fingir que tem género quando não tem.
O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres.
O palhaço rouba, dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada. Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver. O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir, violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político.
Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples: Ou nós, ou o palhaço"...
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