quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

UMA TAXA CONTRA A OBESIDADE


Fiquei estupefacto quando ouvi nos noticiários que os obesos custam ao país (a todos nós) 500.000.000 (quinhentos milhões) de euros. Isto é um autêntico problema nacional que o governo devia dar especial atenção, tomando medidas que no meu entender devia passar por uma taxa para obesos (ou para os que comem demais) e premiar aqueles que cuidam de sua saúde aliviando o próprio Orçamento do Estado. Estou certo ou errado?

Claro que já estou ouvindo vozes discordantes, principalmente dos comilões que ficam ofendidos com minha opinião, mas se pensarem melhor talvez reconheçam que afinal tenho razão. De resto, muitos são os gordinhos que gastam imenso dinheiro para perder peso, fazendo sacrifícios com dietas controladas ou recorrendo a consultas do Dr. Talon ou indo para ginásios, porque na verdade não gostam de se ver ao espelho e querem recuperar alguma mobilidade ou auto-estima que perderam, sentindo-se mal consigo próprios, quando tudo isso seria desnecessário se houvesse desde o princípio uma certa educação alimentar para que as pessoas não comessem demais, enquanto outros comem de menos...

Efectivamente, os peditórios no país na luta contra a fome são uma realidade que seriam desnecessários se houvesse também uma taxa, imposto ou contribuição obrigatória para um Banco Alimentar que asseguraria comida para todos os cidadãos em periodo de crise como se tem vindo a verificar, ao mesmo tempo que se investiria mais em programas pedagógicos sobre Saúde e Nutrição nos órgãos de comunicação social que têm mais influência do que os bancos de escola. Mas em vez disso, assiste-se a todo o género de publicidade enganosa que leva ao consumo de tantos alimentos perniciosos (pizzas, doces, coca-cola, etc.) que cativam principalmente crianças e jovens, sendo esses os mais consumidores desses produtos, já não falando da cozinha doentia portuguesa com imensa gordura, carne de porco, enchidos, excesso da sal e tudo o mais que leva ao aumento da obesidade em Portugal.

Por isso, sou de opinião que se devia aplicar nos alimentos e bebidas nocivas uma taxa de IVA maior como aquela que infelizmente se aplica aos produtos naturais nas ervanárias que muita gente prefere para manter a sua saúde. Afinal, se a Obesidade é uma “doença silenciosa” que se pode classificar de mais uma nova pandemia do século XXI, então os governos deviam proteger melhor as pessoas apostando mais na saúde pela prevenção, em vez de se gastar biliões de euros em internamentos, operações, bandas gástricas e outras pseudo soluções que na verdade só protelam a situação.

Creio que muita gente concorda comigo, outros não, e percebo porquê...

Pausa para reflexão!

Rui Palmela

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