O 1º Ministro de Portugal, José Sócrates, apresentou na Assembleia da República o Orçamento para 2011 cheio de medidas restritivas para combater o déficit das contas públicas que o país andou desbaratando durante anos e se complicou agora com a crise internacional.
Como são sempre os mesmos a pagar as incongruências e maus gastos dos que governam a Nação, repasso aqui uma declarão pública de Renúncia que alguém fez e assino por baixo para que mais portugueses se juntem no bom propósito de melhorar o país abdicando de certas coisas que só pioram a situação. Aqui fica:
EU RENUNCIO!
Neste momento de aflição em que todos temos de dar as mãos e deixar de olhar só para o nosso umbigo, correspondo ao apelo de quem nos governa e de quem apoia quem nos governa, faço pública parte da lista do que o Estado criou e mantém para minha felicidade, e de que de estou disposto a patrioticamente prescindir. Assim:
· Renuncio a boa parte dos institutos públicos criados com o propósito de me servir;
· Renuncio à maior parte das fundações públicas, privadas e àquelas que não se sabe se são públicas se privadas, mas generosamente alimentadas para meu proveito, com dinheiros públicos;
· Renuncio a ter um sector empresarial público com a dimensão própria de uma grande potência, dispensando-me dos benefícios sociais e económicos correspondentes;
· Renuncio ao bem que me faz ver o meu semelhante deslocar-se no máximo conforto de um automóvel de topo de gama pago com as minhas contribuições para o Orçamento do Estado, e nessa medida estou disposto a que se decrete que administradores das empresas públicas, directores e dirigentes dos mais variados níveis de administração, passem a utilizar os meios de transporte que o seu vencimento lhes permite adquirir;
· Renuncio à defesa dos direitos adquiridos e à satisfação que me dá constatar a felicidade daqueles que, trabalhando metade do tempo que eu trabalhei, garantiram há anos uma pensão correspondente a 5 vezes mais do que aquela que eu auferirei quando estiver a cair da tripeça;
· Renuncio ao PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado) e contento-me com uma Administração mais singela, compacta e por isso mais económica, começando por me resignar a que o governo seja composto por metade dos ministros e secretários de estado;
· Renuncio ao direito de saber o que propõem os partidos políticos nas campanhas pagas com milhões e milhões de euros que o Estado transfere para os partidos políticos, conformando-me com a falta de propaganda e satisfazendo-me com a frugalidade da mensagem política honesta, clara e simples;
· Renuncio ao financiamento público dos partidos políticos nos actuais níveis, ainda que isso tenha o custo do empobrecimento desta democracia, na mesma mesmísisma medida do corte nas transferências;
· Renuncio ao serviço público de televisão e aceito, contrariado, assistir às mesmas sessões de publicidade na RTP, agora nas mãos de um qualquer grupo privado;
· Renuncio a mais submarinos, a mais carros blindados, a mais missões no estrangeiro dos nossos militares, bem sabendo que assim se põe em perigo a solidez granítica da nossa independência nacional e o prestígio de Portugal no mundo;
· Renuncio ao sossego que me inspira a produtividade assegurada por mais de 230 deputados na Assembleia da República, estando disposto a sacrificar-me apoiando - com tristeza - a redução para metade dos nossos representantes.
· Renuncio, com enorme relutância, a fazer o percurso Lisboa-Madrid em 3h e 30m, dispondo-me - mesmo que contrariado mas ciente do que sacrificio que faço pela Pátria - a fazer pelo ar por metade do custo o mesmo percurso em 1 h e picos, ainda que não em Alta Velocidade.
· Renuncio ao conforto de uma deslocação de 50 km desde minha casa até ao futuro aeroporto de Lisboa para apanhar o avião para Madrid em vez do TGV, apesar da contrariedade que significa ter de levantar voo e aterrar pertinho da minha casa.
· Renuncio a mais auto-estradas, conformando-me, com muito pena, com a reabilitação da rede nacional de estradas ao abandono e lastimando perder a hipótese de mudar de paisagem escolhendo ir para o mesmo destino entre três vias rápidas todas pagas com o meu dinheiro, para além de correr o triste risco de assistir à liquidação da Estradas de Portugal, EP.
Seria fastidioso alongar-me nas coisas que o Estado criou para o meu bem estar e que me disponho a não mais poder contar. E lanço um desafio aos leitores para que renunciem também! Apoiemos todos, patrioticamente, o governo a ajudar o País nesta hora de aflição. Portugal merece.
Desconheço a autoria desta Declarão de Renúncia, mas subscrevo inteiramente aquilo a maioria dos portugueses como eu (os pobres e a classe média) prescindem ao se sentitrem lesados pagando a "fatia de leão" da crise, 89%, enquanto os ricos pagam apenas 11%, pelo que todos renunciammos de bom grado ao enunciado para o bem da Nação.
Pausa para reflexão!
Rui Palmela
Todos estes senhores da desgovernança falam em cortes das despesas.
ResponderEliminarNão ouvi foi nenhum desgovernante falar em:
Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizá-los como no estrangeiro.
Reforma das mordomias na Assembleia da República como, almoços com digestivos a € 1,50.
Acabar com os milhares de Institutos que não servem para nada e tem funcionários e administradores com 2º ou 3º emprego.
Acabar com as empresas Municipais, e com Administradores de milhares de euros mês e que não servem para nada.
Redução drástica das Câmaras Municipais, Assembleias, etc.
Redução drástica das Juntas de Freguesia.
Acabar com o pagamento de € 200 por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e € 75 nas Juntas de Freguesia.
Acabar com o Financiamento aos Partidos.
Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc que se deslocam em uso particular pelo País. No estrangeiro isto não acontece. fazendo disto um autentico rega bof.
Acabar com os motoristas particulares destes parasitas 20 h/dia.
Acabar com a renovação sistemática de frotas de carrões ,quando a maior parte desta trupe não passava de pé descalço.
Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. E desmascarar estes badamecos.
Acabar com o vai vem semanal dos deputados dos Açores e Madeira e, respectivas estadias em Lisboa em hotéis cinco estrelas.
Controlar o pessoal da Função Pública que nunca está no local de trabalho e que faz trabalhos nesse tempo, para o Estado.
Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, em empresas privadas.
Acabar com as várias reformas por pessoa, do pessoal do Estado.Um tecto para uma reforma. Esta é de facto nojenta
Acabar com a nomeação de reformados para os conselhos de administração de Empresas Públicas, Municipais ou parcerias publico privadas ou goden shares do estado(CTT,GALP,EDP,CGD,PT)...É escabroso......
Pedir já o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.
E por aí fora. Recuperamos depressa a nossa posição.
Já estamos cansados, de aturar esta cambada de ladrões e vê-los gozar na nossa cara.
Envia a pelo menos 12 pessoas. Isto não pode parar. Nós contribuintes pagamos tudo. Não temos culpa.
Não tenhas medo ,vai ! reenvia já e de imediato na expectativa desta gentinha nada recomendavél ser forçada a mudar de vidinha.
Depois do átomo e da descoberta do neutrão, do protão, do fotão, do electrão, do quark, do fermião, do busão, do gluão, José Sócrates (o 1º ministro de Portugal), acaba de descobrir o Pelintrão, um corpo sem massa, nem energia, que suporta toda a carga.
ResponderEliminarCom esta descoberta Portugal será, para o próximo ano, um forte candidato ao Prémio Nobel em Física.
Hehehehe! Esse último comentário tem imensa graça, só posso dar meus parabéns a quem o fez com tanta imaginação.
ResponderEliminarAbraço
Rui Palmela
Concordo integralmente com estas renúncias. Só não sei onde posso assinar!
ResponderEliminar