quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ELES ESTÃO VIVOS...



Seja por simples crença ou tradição, as pessoas sentem que seus entes queridos falecidos (familiares ou amigos) estão vivos noutra dimensão e decerto presenceiam o que se passa nos cemitérios onde milhares de pessoas  ocorrem no "Dia de Finados" ou de "Todos os Santos"  colocando flores em suas sepulturas onde jazem seus corpos apodrecidos e outros vendo seus nomes nos jazigos.

O povo sabe isso por intuição e continua visitando as campas ou lugares onde foram enterrados seus entes queridos sentindo que eles estão ali presentes quando estabelecem com eles uma certa ligação pelo pensamento e sentimento de seu coração.

A verdade é que a morte nada mais é do que a passagem para a “outra margem” onde a vida continua sem se perder a consciência ou a memória do que somos e fizemos aqui neste mundo em todo o percurso da nossa história.

Vitor Hugo (o grande escritor francês do século 19) dizia mesmo que: “Quando eu tiver atravessado o túmulo para ir ao encontro de uma outra luz, serei sempre a mesma  alma e terei uma nova vida como a floresta várias vezes abatida!”  E concluia seu pensamento dizendo: “O corpo não é mais do que o ‘fato de viagem’ da alma. Muda-se de roupagem no túmulo. O sepulcro é o vestiário do céu”...

O grande escritor dizia ainda em sua vida o seguinte: “Há bem meio século que escrevo o meu pensamento em prosa e em verso: história, filosofia, drama, romance, lenda, sátira, ode, canção, etc., mas sinto que não disse ainda a milésima parte  daquilo que sou. Quando me deitar no túmulo, não afirmarei como muitos “acabei a minha jornada”, porque ela recomeça (no outro lado) no dia seguinte. O túmulo não é uma betesga mas uma avenida e reabre ao raiar da manhã’”...  Lindo pensamento!

Benjamim Franklin (o grande inventor e pensador do século 18) dizia mesmo «Considero a morte tão necessária à nossa constituição quanto o sono. Erguer-nos-emos de novo bem repousados no ‘dia seguinte’»...  De resto, ele acreditava, tal como Vitor Hugo, na Reencarnação e escreveu o seguinte epitáfio para sua sepultura:

“Aqui jaz o corpo de Benjamim Franklin, semelhante à capa de um velho livro de páginas arrancadas, abandonado aos vermes, com o título e douradas apagadas. Mas a Obra não se perderá, pois tal como ele acreditava, ela reaparecerá numa nova edição mais elegante, revista e corrigida pelo autor”...

Aliás, “todo o homem deve, mais cedo ou mais tarde, seguir a senda da perfeição e ela decerto não poderá efectivar-se numa só existência. Assim, porque não surgiria cada indivíduo mais do que uma vez neste mundo?”. Isto dizia o grande filósofo alemão Lessing.

Jesus também dizia que teriamos de “nascer de novo” da água e do espírito que não é apenas pelo simbolismo do Baptismo (como fazem crer algumas religiões) e sim pela lei do renascimento aqui na Terra para se continuar na Senda do Bem e subir aos céus um dia quando tivermos alcançado um “corpo-luz” necessário para ascender a outros Planos do Universo.

Em face de tudo isto, deixo um pensamento (resumido) de Emmanuel no livro “Caminhos de Volta”  de Francisco Cândido Xavier que se refere aos nossos ‘mortos’ que estão vivos, dizendo:

Ainda que não reconheças de pronto semelhante verdade, eles te vêem e te escutam! Quanto possível, seguem-te os passos compartilhando-te problemas e aflições... 
Compadece-te dos que te precederam na Grande Renovação!  Aqueles que viste partir... não estão mortos! Entraram em novas dimensões de existência, mas prosseguem de coração vinculado ao teu...

Auxilia aos entes queridos na Espiritualidade, a fim de que te possam auxiliar!  Se lhes recorda a presença e o carinho, preenche o vazio que te impuseram à alma, abraçando o trabalho que terão deixado por fazer.
E deixa que os corações amados, hoje no Mais Além, te enxuguem as lágrimas, inspirando-te acção e renovação, porque, no futuro, tê-los-ás a todos positivamente contigo nas alegrias do Novo Despertar.
EMMANUEL

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