A Ministra das Finanças do governo português anunciou recentemente mais umas medidas que têm por fim arranjar mais dinheiro para pagar aos credores do país, a famigerada ‘Troika’ (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e União Europeia), que coloca condições demasiado penosas para os cidadãos cujo salário minímo nacional é muito baixo e a maioria das pensões de reforma estão ao nível da pobreza, havendo mesmo pessoas idosas doentes que já deixaram de comprar remédios para seus problemas de saúde pelo aumento do custo de vida bastante penalizador para a maioria dos portugueses.
Deste modo, acha a srª Ministra das Finanças que deve penalizar ainda mais os cidadãos taxando os alimentos que tenham mais sal e açucar (pacotes de batatas fritas, aperitivos, diversos, refrigerantes, etc) justificando as novas medidas em nome da saúde pública que na verdade exige muitos cuidados pois somos um país de hipertensos, diabéticos, cardiacos, cancerosos, etc., e por isso talvez se devesse ‘taxar’ também outro tipo de alimentos como as carnes, os enchidos, as pizas, os queijos gordos, os doces regionais os produtos de pastelaria e muito mais, não esquecendo o tabaco, as bebidas alcoólicas, etc. e já agora aplicar também uma “taxa de obesidade” aos que comem demasiado pois é um facto que este problema urge resolver no seio da nossa população que está engordando apesar de muita gente passar fome mas muitos mais morrem de ‘enfartes’ do coração.
Enfim, é um facto que a saúde dos portugueses não é a melhor pelo tipo de alimentação que fazem e dos hábitos adquiridos pelos tempos que estão na origem das doenças cardiovasculares, a hipertensão, os AVC’s (a primeira causa de morte em Portugal), o cancro, a diabetes, etc. Mas penso que devia haver primeiro uma Educação Alimentar adequada e não taxar os alimentos nocivos duma forma propositada. Ou então impôr limites na industria alimentar que devia reduzir a quantidade de sal, gorduras e açucar nos alimentos, penalizando fortemente quem não cumprisse a lei. Do mesmo modo devia impôr-se limites na publicidade enganosa que apresenta produtos nocivos como saudáveis não olhando a meios para atingir seus fins.
Penso que é por aqui que a srª Ministra das Finanças devia começar a arranjar dinheiro e não penalizar ainda mais os cidadãos que já comem mal talvez por não saberem comer melhor por falta de politicas de prevenção.
Pausa para reflexão!
Rui M. Palmela
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