No DN online vem um artigo de Joana Rei sobre os sem-abrigo do meu país que ninguém sabe ao certo quantos são e que nestas alturas do ano são mais lembrados talvez devido à época natalícia que vivemos ou quando o frio aperta mais e pensamos nesses pobres marginalizados, sem nada, da nossa Sociedade.
Louvo por isso o trabalho voluntário de todos aqueles que no seu anonimato prestam serviço diário, o ano inteiro, oferecendo comida que mata a fome do corpo e também conforta a alma dos que agradecem a companhia de quem estende a mão ao seu irmão.
Outros há também que não sendo “sem-abrigo”, mas o dinheiro não abunda devido às magras reformas que milhares de portugueses recebem donde se tira uma grande fatia para pagarem a casa ou um quarto onde vivem (muitos em solidão), sendo certo que grande parte dos idosos gastam tudo na farmácia pagando já a prestações os remédios que tanto precisam. Esta é a verdade!
Por isso, muita gente recorre às dependências da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Caritas, e outras organizações que distribuem refeições diariamente pelos mais carenciados da sociedade. Infelizmente não são destes cidadãos (portugueses ou estrangeiros – para mim são todos seres humanos) que os governos de qualquer país se compadecem mas sim dos que já têm demais ou o suficiente para viver, pois essa é a conclusão que todos tiramos nestes tempos de ‘Crise’ em que tantos milhões de euros aparecem agora de todo o lado para salvar os ricos da Banca ou os Bancos que estão falindo devido à imoralidade de um sistema capitalista que está chegando ao fim deixando um rasto de desigualdade social onde a riqueza e o fausto de uns contrasta com a pobreza, fome e miséria de outros.
Enfim, resta cada vez mais às organizações particulares de beneficência ou solidariedade social, com homens e mulheres de boa vontade fazendo trabalho voluntário com amor e bondade, mostrando aos governantes do meu país aquilo que eles próprios deviam fazer ocupando-se em primeiro lugar com os cidadãos mais deserdados e desgraçados que passam mal em Portugal. Mas os farsantes da governação deviam era ser todos responsabilizados pelo tempo que passam no poder sem nada fazer verdadeiramente para o bem do Povo da nossa Nação.
Pausa para reflexão!
Rui Palmela
o Natal é um dia sagrado, e todos os dias são sagrados pelo facto simples de respirarmos.A humanidade devia baptizar todos os dias como o dia de Natal, pois Jesus não nasceu só neste dia, ele vive todos os dias, porque é todos os dias que ele morrer - Jesus relativizado tal como descreve paulo de Tarso.
ResponderEliminarEm cada dia que acordamos devemos agradecer esta vida que nos foi infundida no corpo.
Para que vivemos ?Será esta a resposta à pergunta que advém da justificação de existirmos:
Em cada dia deve surgir a grandiosa questão : Quem somos ?
É Natal
ResponderEliminarÉ Natal nos nossos lares
Neste mundo de avareza...
Onde uns comem manjares
E a outros falta pão na mesa...
I
No piscar vasto e garrido,
Das luzinhas coloridas...
Vejo as ruas mais fingidas,
E o coração mais dorido...
Penso só e comovido,
Nos presépios dos azares...
Que contrastam com altares,
Mostrando o que tenho visto...
E por isso digo a Cristo,
É Natal nos nossos lares...
II
As canções a condizer,
Com a paz e os sininhos...
Muitas prendas e anjinhos,
Que se trocam por prazer...
Como é bom este viver,
Neste luxo e na riqueza...
Contrastando com a pobreza,
Que se mostra nos seus ais...
São assim estes Natais,
Neste mundo de avareza...
III
Lá na árvore mais alta,
Que se fez nesta nação...
Brilha toda a ostentação,
Quando tanta coisa falta...
Como as luzes da ribalta
Ofuscadas por pensares...
Existindo outros lugares
Com mais prendas no estendal...
E vai mais o pai Natal
Onde uns comem manjares...
IV
Nos festejos Africanos
Chora a festa, e chora Deus...
Lágrimas, que os filhos seus,
Fazem correr nos humanos...
No Natal, de tantos danos,
Brilha mais a incerteza...
Com a vergonha bem acesa,
É Natal em toda a parte...
Onde os bons sofrem enfarte,
E a outros falta pão na mesa...
António Prates
(In Sesta Grande)
E já que aqui estou, aproveito para desejar a todos quanto se deliciam neste espaço de cultivo, um Natal repleto daqueles sorrisos que dispensam palavras e que exultam a saúde interior que há em nós!