segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A CULTURA E O CONHECIMENTO


A Cultura pode dividir-se em duas áreas do Conhecimento: uma boa e outra má. A boa é aquela que assenta na conservação de todos os verdadeiros valores humanos e divulgação correcta da própria verdade, seja de forma escrita, falada ou simplesmente praticada. A má, é toda a cultura trôpega, sectária, enganosa, tendenciosa, incongruente, maliciosa, aleivosa, que faz declinar o homem da sua verdadeira condição e podem levar à própria queda da Civilização.
Por outro lado, diz-se que a verdadeira Cultura (global) é “Património da Humanidade”, mas mesmo esta pode dividir-se também em duas classes distintas, a saber: A sagrada e a profana. Ambas, porém, fazendo parte do mesmo mundo para dar aos homens a noção da vida e da sua própria realidade.

De qualquer forma, a Cultura, seja ela transcendental ou temporal, é sempre um meio e não um fim a atingir em toda a existência material. Um ‘instrumento’, por assim dizer, em todo o processo da evolução, que em muitos aspectos já está a precisar duma certa renovação...

Na verdade, a maioria dos seres humanos se perde numa ‘cultura’ pessoal exibindo suas próprias ideias pretendendo induzir num certo sentido muitas vezes contrário aos verdadeiros princípios e propósitos da “Cultura dos Mestres” que se perde para sobressair a mundana cheia de profanação negligenciando a ‘sabedoria do coração’ aumentando a do intelecto que se limita à mundovisão, sendo aquela que serve apenas para consumismo da civilização. A ela estão mesmo ligadas pessoas de grande notoriedade social que rejeitam as coisas explêndidas da Sabedoria Divina e do Conhecimento Transcendental e cultivam o que é contrário aos verdadeiros valores da vida e não raras vezes fomentam a cultura da perversão e da Iniquidade.

Por isso é preciso mesmo saber lidar com muitos intelectuais do século XXI e fazer chegar até eles uma certa mensagem do Amor e da Verdade. Tanto mais que há por aí cada vez mais amantes da má cultura  seguindo e idolatrando figuras (vivas ou mortas) que nem sempre servem de bons exemplos para a nossa Sociedade! - De facto, é entre o cultura da Ignorância e o ‘véu’ do Conhecimento que devemos saber discernir valores da vida que sirvam para libertar os homens do erro e do mal que cultivaram ao longo do próprio tempo e são a causa de tanto sofrimento.

Outrossim, há que saber distinguir o que é falso e verdadeiro, porque há cada vez mais pessoas por aí a mostrarem que têm muita “cultura” mas realçam apenas sua própria imagem que querem dar ao mundo para enaltecimento de si mesmos ou do seu próprio ego. Normalmente são aqueles que mais propalam uma cultura de Liberdade invertendo valores e princípios éticos, morais e espirituais, dando largas à sua imaginação numa cultura mediocridade. Muitos são hábeis e inteligentes, de facto, mas neles está o próprio espírito da Falsidade! - Judas, por exemplo, era o mais culto e instruido dos discípulos de Jesus mas não soube discernir o que era velho e o que era novo para uma Nova Realidade. Hoje talvez o Grande Mestre voltasse a ser traído por todos aqueles que falam dele e se acham instruídos, cultos ou verdadeiros, mas seguem e  fazem a má cultura nestes tempos derradeiros...

Por fim,  está escrito que “Deus abate até aos infernos os soberbos”  porque  muitos que  se acham sábios aos seus próprios olhos induzem outros por caminhos de condenação, não passando de cegos  que conduzem outros cegos numa cultura do Egoismo e direi mesmo de abominação. Dela fazem parte muitos doutos da politica e da religião e tantos responsáveis do ensino e da Educação.

Para terminar, digo apenas que a verdadeira Cultura conserva-se na alma  pelos princípios éticos e sagrados que a sustentam e a perpetuam pelos tempos inspirando, podendo ser obtida por  todos que seguem a sua Intuição  e escutam a 'voz' do seu coração. Deste modo,  é preciso “ter mente de adulto e coração de criança” para ter a chave da Sabedoria que abre portas do mundo interior para a Luz do Conhecimento que ilumina toda a Civilização. Se alguém não percebeu isto, faça uma pausa para reflexão!

Rui M. Palmela

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