O Dia de Portugal é também o de Camões, celebrado a 10 de Junho, dia em que se assinala a morte do grande poeta luso em 1580, autor dos Lusiadas, pai da Lingua Portuguesa.
Este dia começou a ser particularmente exaltado com o Estado Novo, regime instituído por Salazar em 1933 que mais tarde acrescentaria um epiteto que ficaria sendo conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça que a partir de 1963 tornou-se numa homenagem às Forças Armadas Portuguesas (esta fixação de associar sempre figuras histórias de grande valor nacional à guerra e ao poder na época colonial ) com uma filosofia diferente hoje em que se converteu no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas desde 1978.
Feito este resumo, e estando Portugal a viver um periodo de grande Crise (não só económica e financeira mas de valores), fiquei hoje admirado ao ouvir o Presidente da República (Prof. Cavaco Silva) dizer que a salvação do país passa pela Agricultura, coisa que António Oliveira Salazar bem sabia na época da grande recessão ou Depressão de 1929, tendo feito do país um grande Celeiro junto ao mar. Infelizmente ele foi destruido após a Revolução de 25-Abril-1974, em particular durante o governo de Anibal Cavaco Silva, o actual Presidente da República, quando era 1º Ministro de Portugal...
De resto, não só foi destruida a Agricultua, como também as Pescas e a Industria Naval e Metalomecânica entre outras coisas que faziam este país prosperar e passou a definhar com a entrada para a Comunidade Europeia em 1986, aquando da adesão à “moeda-única”. Na altura foram recebidas muitas verbas que o governo de Cavaco Silva entregava aos agricultores para não cultivarem e aos armadores de pesca para abaterem seus barcos. Foi o tempo das “vacas gordas” com muitas tetas onde muita gente ‘mamava’ até fartar e hoje os portugueses ouvem seus governantes pedirem sacrifícios aos que passam mal e são sempre os mesmos a pagar as crises (da ditadura ou democracia) em Portugal.
Era isto que eu gostava de ouvir hoje no discurso do Presidente Cavaco Silva que falou ao país sem fazer o “mea culpa” reconhecendo a falha e de todos os governos (PS/PSD) até ao momento actual. Mas mais do que isso devia ser o primeiro a dar o exemplo de austeridade e poupança que pede aos portugueses enquanto gasta 45.000 euros por dia no Palácio de Belém, ou seja 16 milhões de euros por ano que saem dos bolsos do Estado (todos nós). E mais ainda devia moralizar todas as despesas dos Ministérios e da Assembleia da República pedindo mais sacrifícios aos Deputados que afinal só ‘trabalham’ 12 anos para terem direito à reforma por inteiro, enquanto os trabalhadores portugueses têm que ‘fossar’ 40 anos ou mais para terem direito ao devido descanso no fim de suas vidas. Afinal, temos todos de "mudar de vida", como sugere o sr. Presidente da República, mas que não seja só o povo e sim também os que dirigem o país, digo eu.
Enfim, que Portugal ultrapasse mais um periodo dificil na sua história e volte de novo a ser um Celeiro junto ao mar para que haja pão e trabalho para todos os portugueses que já começam a desesperar.
Rui Palmela
Rui Palmela
P.S. - clicando na imagem acima lerá algo mais profundo em que acredito sobre Portugal numa Nova Era Universal.
Amo Portugal, com amor universal, de tal forma intensa que, apesar do que nos cerca, acredito no futuro, porque todas as coisas de que o mundo é creado, visíveis ou invisíveis retornam à sua origem e à raiz de onde emanam.
ResponderEliminarÉ preciso saber esperar no tempo que o tempo se cumpra. Nem tudo o que parece é.
Viva Portugal!