Ouvi um dia destes o Secretário de Estado da Saúde afirmar
algo que escandalizou muita gente quando disse que os portugueses deviam dar
melhor contributo ao país evitando adoecer sendo mais saudáveis apostando na
prevenção.
O Bastonário da Ordem dos Médicos
já tinha dito algo semelhante noutra altura
defendendo a ideia de que através de uma educação alimentar adequada e bons hábitos de vida podemos ser
um povo mais saudável, já que a maioria das doenças somos nós que as criamos
sem ter disso uma verdadeira noção.
Penso que o Secretário de Estado
da Saúde tem razão, pois somos culpados de nossas doenças quando descuramos
conselhos ou informações que poderiam evitar problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade, cancer e tantos
outros males que surgem por excessos ou erros alimentares e vícios perniciosos
responsáveis por inúmeros internamentos hospitalares que pesam no Orçamento do Estado,
sendo facto que todos os anos se gastam centenas de milhões de euros que
poderiam ser poupados e melhor aplicados no combate à crise e maior
desenvolvimento da Nação.
Deste modo, desde há muito que
defendo programas de sensibilização e educação alimentar que não seja só no
sentido das pessoas deixarem de fumar ou de beber alcool em excesso, mas também
falar da nocividade da comida cheia de carnes ou retalhos de animais que tanto
se consome nos tempos actuais, sendo facto que em Portugal come-se
demasiados enchidos, alheiras, presuntos, entremeadas, mais as churrascadas,
mariscadas, feijoadas, os "cozidos à portuguesa", etc., além
das muitas doçarias e outras coisas mais que prejudicam a saúde e levam tanta
gente a ficar doente enchendo as camas dos hospitais.
Tanto sofrimento desnecessário e
despesas no orçamento familiar seriam evitadas se as pessoas vivessem de forma
mais saudável, fazendo uma alimentação mais correcta e até mais barata como
demonstrei no meu artigo DICAS PARA SOBREVIVER MELHOR FACE À CRISE .
O governo ao ter cortado nos
benefícios fiscais dos contribuintes com despesas de saúde, devia incentivar
noutro sentido, ou seja premiar os que não adoecem por levarem uma vida regrada
não cometendo excessos nem tendo vícios
perniciosos que começam cada vez mais cedo na juventude como é o caso do
tabagismo e do alcoolismo. Não bastam leis proibitivas de vender cigarros ou
bebidas alcoólicas a menores de 18 anos de idade, pois os adultos mais
responsáveis deviam ser os primeiros a dar o bom exemplo ou então serem
condicionados também ou taxados por esses males da nossa Sociedade.
Hoje em dia já ninguém desconhece
que tipo de doenças pode apanhar persistindo nos mesmos erros e hábitos
alimentares diários ao longo dos anos, sendo verdade que somos culpados de
nossas doenças e até criámos o velho ditado popular que diz: “perdoa o mal que
faz para o bem que sabe” só para justificar certos apetites e desejos pouco saudáveis.
Direi mesmo que não há “doenças hereditárias” como se tenta fazer crer, mas sim
“hábitos hereditários” que continuam a fazer tanta gente adoecer.
Fica aqui mais esta minha
dissertação,
Pausa para reflexão!
Rui M. Palmela
Concordo inteiramente com o seu artigo.
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