terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A CULPA DE NOSSAS DOENÇAS




Ouvi um dia destes o Secretário de Estado da Saúde afirmar algo que escandalizou muita gente quando disse que os portugueses deviam dar melhor contributo ao país evitando adoecer sendo mais saudáveis apostando na prevenção.

O Bastonário da Ordem dos Médicos já tinha dito algo semelhante noutra altura  defendendo a ideia de que através de uma educação alimentar  adequada e bons hábitos de vida podemos ser um povo mais saudável, já que a maioria das doenças somos nós que as criamos sem ter disso uma verdadeira noção.

Penso que o Secretário de Estado da Saúde tem razão, pois somos culpados de nossas doenças quando descuramos conselhos ou informações que poderiam evitar problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade, cancer e tantos outros males que surgem por excessos ou erros alimentares e vícios perniciosos responsáveis por inúmeros internamentos hospitalares que pesam no Orçamento do Estado, sendo facto que todos os anos se gastam centenas de milhões de euros que poderiam ser poupados e melhor aplicados no combate à crise e maior desenvolvimento da Nação.

Deste modo, desde há muito que defendo programas de sensibilização e educação alimentar que não seja só no sentido das pessoas deixarem de fumar ou de beber alcool em excesso, mas também falar da nocividade da comida cheia de carnes ou retalhos de animais que tanto se consome nos tempos actuais,  sendo facto que em Portugal come-se demasiados enchidos, alheiras, presuntos, entremeadas, mais as churrascadas, mariscadas,  feijoadas, os "cozidos à portuguesa", etc., além das muitas doçarias e outras coisas mais que prejudicam a saúde e levam tanta gente a ficar doente enchendo as camas dos hospitais.

Tanto sofrimento desnecessário e despesas no orçamento familiar seriam evitadas se as pessoas vivessem de forma mais saudável, fazendo uma alimentação mais correcta e até mais barata como demonstrei no meu artigo DICAS PARA SOBREVIVER MELHOR FACE À CRISE .

O governo ao ter cortado nos benefícios fiscais dos contribuintes com despesas de saúde, devia incentivar noutro sentido, ou seja premiar os que não adoecem por levarem uma vida regrada não cometendo excessos  nem tendo vícios perniciosos que começam cada vez mais cedo na juventude como é o caso do tabagismo e do alcoolismo. Não bastam leis proibitivas de vender cigarros ou bebidas alcoólicas a menores de 18 anos de idade, pois os adultos mais responsáveis deviam ser os primeiros a dar o bom exemplo ou então serem condicionados também ou taxados por esses males da nossa Sociedade.

Hoje em dia já ninguém desconhece que tipo de doenças pode apanhar persistindo nos mesmos erros e hábitos alimentares diários ao longo dos anos, sendo verdade que somos culpados de nossas doenças e até criámos o velho ditado popular que diz: “perdoa o mal que faz para o bem que sabe” só para justificar certos apetites e desejos pouco saudáveis. Direi mesmo que não há “doenças hereditárias” como se tenta fazer crer, mas sim “hábitos hereditários” que continuam a fazer tanta gente adoecer.

Fica aqui mais esta minha dissertação,

Pausa para reflexão!

Rui M. Palmela


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