No dia 7 de Janeiro, um grupo de 3 individuos encapuçados e fortemente armados entraram no edificio onde se encontravam vários funcionários e jornalistas do jornal "Charlie Ebdo", o mais polémico de Paris, que desde há algum tempo tem andado a provocar a ira dos muçulmanos ao desdenhar da sua religião publicando desenhos sobre Maomé, tal como vinha fazendo em relação a outras religiões, pois o Director do Jornal demonstrava assim sua enorme... antipatia pelo Islamismo, pelo Judaismo, pelo Cristianismo, etc., sendo vítima de seu próprio extremismo ou radicalismo editorial que fez muitos inimigos alguns dos quais resolveram hoje matá-lo bem como a outras pessoas que se encontravam no local.
A reacção contra este acto terrorista foi geral e o Presidente francês manifestou de imediato sua indignação bem como outros lideres politicos internacionais que se solidarizaram no mesmo sentido, cada um fazendo seu discurso contra o fanatismo e o fundamentalismo defendendo os valores da "Democracia" e da "Liberdade" que o diretor do tal Jornal usufruia mas parece que não respeitava os que tinham direito a ela, em particular os que seguem esta ou aquela religião, pois se dedicava a publicar coisas que ofendiam a dignidade de muitos crentes ou religiosos mas teve hoje o azar de ser sentenciado à morte por um grupo de radicais do Islão que depois de cometerem os crimes se regozijaram dizendo que tinham vingado o profeta Maomé que decerto reprovaria tais actos de loucura e obstinação.
A verdade, porém, é que parece que se está a assistir a uma perigosa escalada de violência e ódio em nome de Deus e os politicos se aproveitam também de toda esta situação para conquistar a confiança das pessoas que deixaram há muito de acreditar nessa classe privilegiada que anda muito envolvida na Corrupção.
Por isso, me abstenho de manifestar aqui qualquer apoio ao tal jornal provocador de ódios religiosos que em nome da "liberdade de expressão" parece ter desencadeado este atentado que infelizmente acabou por apanhar funcionários ou pessoas sem culpa nenhuma da situação. Lamento por todas elas e por um policia que foi atingido a tiro mortalmente quando tentava impedir os assaltantes de fugirem.
Meus sentidos pêsamos para todos os que sofrem hoje em Paris a morte de seus entes queridos.
Rui M. Palmela
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